Carlos Lupi, ministro do Trabalho e Emprego: “A minha expectativa é que março será o mês da virada”
Redação Publicado em 19/03/2009, às 15h52
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), órgão do governo federal que faz estudos sobre o mercado de trabalho, apresenta resultados acerca da crise econômica que assola o Brasil.
A pesquisa, divulgada em Brasília pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, aponta o saldo negativo na queda de empregos e destaca, de forma otimista, que o país já mostra sinais de recuperação.
De acordo com as análises, 9.179 pessoas foram contratadas com carteira assinada em fevereiro deste ano, um aumento de 0,03% em relação ao mês anterior. O acréscimo na porcentagem é pequeno, mas se contrapõe aos meses de janeiro, dezembro e novembro, que foram os mais afetados pelo abalo econômico.
Fevereiro também se destacou na fase obscura da crise por ter apresentado menos desligamentos de funcionários que janeiro.
Segundo Carlos Lupi, o panorama brasileiro sugere que estamos no caminho certo, a passos curtos e favoráveis rumo à estabilidade financeira. “A minha expectativa é que março será o mês da virada. O nosso país está sendo um dos primeiros a mostrar que saiu da crise”, afirma.
Saldo decrescente – A Indústria de Transformação amargou o menor índice evolutivo, com a perda de 56.456 oportunidades de trabalho.
Avanços positivos – Dos oito grandes setores que impulsionam a atividade econômica, cinco mostraram resultados significativos em fevereiro: Administração Pública, Agricultura, Construção Civil, Serviços e Serviços Industriais de Utilidade Pública.
Destaque para o ramo de Serviços, que ocupou a quarta melhor posição no mês em toda a série do Caged, com 57.518 novas chances de emprego.
Outros setores, como a Indústria de Calçados e a de Borracha, Fumo e Couro se recuperaram ao manter o nível de empregabilidade impulsionado em janeiro.
Dentre as cinco regiões brasileiras, as que obtiveram mais aumento nas contratações foram a Centro-Oeste (19.039), a Sul (8.915) e a Sudeste (4.146). Nas áreas metropolitanas, constatou-se o maior avanço no Rio de Janeiro. Em contrapartida, a capital Salvador foi a que mais sofreu com a perda de vagas.
Flávio Fernandes/SP