O Censo Demográfico 2022 revela uma nova dinâmica na responsabilidade das unidades domésticas no Brasil, com homens e mulheres cada vez mais próximos em número
Victor Meira Publicado em 25/10/2024, às 11h54
O Censo Demográfico 2022, divulgado nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), traz à tona uma transformação importante no cenário das unidades domésticas no Brasil.
De acordo com a pesquisa, os homens representam 50,9% dos responsáveis pelos lares, totalizando 37 milhões, enquanto as mulheres somam 49,1%, com 36 milhões. Essa nova realidade demonstra um avanço significativo em relação a 2010, quando os homens eram a maioria expressiva, com 61,3%, enquanto as mulheres representavam apenas 38,7%.
O estudo revelou também que em 10 estados brasileiros o percentual de mulheres responsáveis pelos lares supera 50%. Em Pernambuco, por exemplo, esse número chega a 53,9%, seguido de Sergipe (53,1%), Maranhão (53,0%), Amapá (52,9%), Ceará (52,6%), Rio de Janeiro (52,3%), Alagoas e Paraíba (51,7%), Bahia (51,0%) e Piauí (50,4%).
O Censo 2022 registrou aproximadamente 72,522 milhões de unidades domésticas no Brasil, um aumento de 15 milhões em comparação com 2010, quando o número era de 57 milhões. A média de moradores por unidade caiu para 2,8, abaixo dos 3,3 registrados em 2010 e dos 3,7 de 2000. A pesquisa apontou que 72,3% das unidades domésticas têm até três moradores, enquanto 28,7% têm apenas dois.
Marcio Mitsuo Minamiguchi, gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, explicou que a denominação de "pessoa responsável" é atribuída àquela indicada pelos moradores do domicílio. "Nos censos mais antigos, havia a categoria de chefe da família, mas essa terminologia foi substituída. Agora, a pesquisa se concentra em quem se define como responsável", esclareceu.
Minamiguchi também definiu o que é uma unidade doméstica: "É o conjunto de pessoas que vive em um domicílio particular e que se organiza para garantir sua alimentação e necessidades essenciais, podendo ser por parentesco ou convivência." Vale ressaltar que os domicílios coletivos, como presídios e hospitais, não são considerados unidades domésticas.
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Além disso, o Censo 2022 revelou que mais da metade das unidades domésticas (57,5%) é composta por um responsável e seu cônjuge ou companheiro(a) de sexo diferente. Esse percentual representa uma queda em relação ao Censo 2010, quando a proporção era de 65,3%.
Esses dados do Censo Demográfico 2022 mostram não apenas uma mudança nas dinâmicas de gênero no Brasil, mas também uma evolução na estrutura familiar e nas relações de convivência nas unidades domésticas.
Créditos: Agência Brasil
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