Confira as diversas oportunidades de carreira na indústria da moda, que deve crescer entre 2% e 4% em 2024, com salários que podem chegar a R$ 22 mil
Victor Meira Publicado em 28/05/2024, às 07h59
A indústria da moda, com um crescimento previsto de 2% a 4% em vendas no varejo ao longo de 2024, segundo o relatório do State of Fashion, oferece uma variedade de oportunidades profissionais. De acordo com o MICBR, o setor pode atingir um faturamento de US$ 1 trilhão em 2025. Eventos como o Met Gala, Australian Fashion Week, Global Fashion Summit, entre outros, trazem tendências que aquecem o mercado.
Essas novidades percorrem um caminho que passa por dezenas de profissionais, desde a pesquisa e idealização dos tecidos até a chegada ao consumidor. O setor, que movimentou R$ 221,6 bilhões no Brasil em 2023, agora oferece cursos para cada etapa da moda.
Segundo Érica Perillo, professora do curso de Visual Merchandising da Escola Britânica de Artes Criativas e Tecnologia (EBAC), há um vasto campo de atuação para quem está se formando.
“A moda é um assunto recorrente desde a colonização do Brasil. No mundo, a profissionalização dessa área começou no século XVII, na França. Hoje, com o avanço da tecnologia, principalmente, e da proliferação das mídias digitais há muito burburinho por trás do que os famosos usam, por exemplo. Isso movimenta o mercado, abre oportunidades. Alguns profissionais vestem estrelas, ex-bbbs, outros vestem executivos, ou pessoas comuns que vão de um lado para o outro todos os dias com os seus looks do inverno ao verão, do mais simples ao mais sofisticado”, destaca a professora.
De acordo com uma busca de vagas no Linkedin, há mais de 7 mil oportunidades nas diversas áreas da moda. Para Érica, isso é reflexo do quanto tecnologias e a própria expansão do mercado trouxeram possibilidades, inclusive com a oferta de cursos online, como oferece a própria EBAC.
“Marca pode ser hoje uma pequena confecção ou as mais célebres, que só de ver o logotipo a maioria das pessoas conhecem. E isso é trabalho de algum dos profissionais da moda. Tudo isso começa naquele que faz a pesquisa, o que desenha os croquis, depois o que projeta os tecidos, o que faz a modelagem, depois o que leva para as passarelas, depois para a vitrine, o que desenvolve a vitrine e o merchandising, o que faz a gestão disso tudo e aqueles também que auxiliam as pessoas a se vestirem de acordo com o seu perfil. Essas são algumas das etapas e há profissionais para cada uma delas, sobretudo na era tecnológica, onde tudo isso se expandiu”, detalha.
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De acordo com dados do Glassdoor, o salário para ingressantes, como em inúmeras profissões, pode iniciar entre R$ 1,8 mil a R$ 2,5 mil, mas é possível chegar aos R$ 22 mil para os mais experientes, os que ganham maior projeção com suas ideias mais inovadoras, ou que estão alocados em marcas mais famosas, com celebridades. Isso também determina a remuneração nesse mercado.
Para outro especialista, o professor Gabriel Spaniol, que trabalha em uma marca atuante em 19 países e dá aulas no curso de Fashion Marketing e Vendas na EBAC, a área de moda é tão competitiva e promissora quanto a de tecnologia.
“As áreas de design de produtos e, principalmente, marketing digital vêm se tornando muito atrativas para profissionais bem remunerados, assim como programadores e desenvolvedores de web”. Mas, ele ressalta que criatividade não é tudo, é preciso técnica e isso se conquista com especialização.
O setor possui uma ampla gama de atuação e em cada uma delas há diversas funções específicas, que podem ser executadas como carreira. Veja algumas:
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“Analisar dados e transformar resultados em soluções criativas, ter pensamento crítico para formar um julgamento sensato de acordo com sua atividade, ter uma liderança inspiradora e uma comunicação efetiva são características que completam a formação de um profissional desejado pelo mercado de trabalho”, conta Érica.
Se olharmos para o mercado de moda sob o prisma da agilidade e eficácia, conseguimos ver claramente como as empresas, marcas e profissionais conseguem entender as necessidades do consumidor, identificar as tendências e transformar essa abstração em um produto concreto, que pode ser desejado e comprado. Nesse sentido, Érica acredita que esse nicho nunca irá se extinguir e seguirá em plena expansão.
“É preciso acompanhar a tecnologia, a Inteligência Artificial, que hoje nos serve de diversas maneiras, a questão sustentável na produção de tecidos e moda circular. A moda é novidade e enquanto houver pessoas e problemas a serem resolvidos, lá estará o setor para se reinventar e encontrar soluções inovadoras” conclui.
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