Contratações recentes na Grande SP ultrapassam 256 mil, segundo Caged

Região da Grande São Paulo tem 39 municípios e foi responsável pela contratação de 47.056 trabalhadores temporários

Douglas Terenciano   Publicado em 07/02/2023, às 13h09 - Atualizado às 13h36

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A região da Grande São Paulo gerou mais de 256,3 mil contratações no mês de dezembro passado, de acordo com dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados na última semana. Do total de pessoas contratadas, 53% eram homens e 47% mulheres. Ainda segundo a pesquisa, São Paulo, Barueri e Guarulhos foram os municípios que mais contrataram, com 173,6 mil, 16,3 mil e 10,3 mil admissões, respectivamente.

Outra informação revelada pelo levantamento diz respeito à escolaridade das pessoas admitidas no período: mais de 70% das 256 mil vagas foram ocupadas por pessoas com ensino médio completo e a idades entre 18 e 39 anos.

A pesquisa revela também que indústrias, o comércio como lojas ou mercados e as áreas administrativas foram os campos que mais contrataram, com exceção em Biritiba-Mirim, Pirapora do Bom Jesus e Salesópolis onde o agronegócio esteve entre os três campos que mais contrataram.

A região da Grande São Paulo é composta por 39 municípios, incluindo São Paulo, Arujá, Barueri, Biritiba-Mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu, Embu-Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Guararema, Guarulhos, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Juquitiba, Mairiporã, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santa Isabel, Santana do Parnaíba, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Lourenço da Serra, Suzano, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista.

Contratações temporárias em São Paulo

Em relação às contratações temporárias, o Novo Caged diz que 47.056 pessoas foram contratadas nessa modalidade em dezembro. Fernando Marolato, gerente da Employer em São Paulo (agência de Recursos Humanos especializada em contratações de temporários), explica que esse modelo atende a demandas específicas de substituição de pessoal permanente. “É uma opção, principalmente, para atender ao período de férias, afastamentos ou licenças, ou ainda, para demandas como aumento da linha de produção em períodos sazonais, como Páscoa e Natal”, diz.

As contratações temporárias crescem no Brasil. “É uma modalidade que vem ganhando força em todo o país. Exemplo disso é que, em 2022, foram mais de 2,5 milhões de vagas temporárias em todo o Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Trabalho Temporário”, completa Fernando.

A Associação prevê um cenário positivo para 2023. A estimativa é de um aumento de 8% nas contratações temporárias no 1º trimestre do ano (janeiro a março), em comparação com o mesmo período de 2022, quando foram observadas mais de 774 mil vagas temporárias. Para o mesmo período de 2023, estima-se que esse número ultrapasse as 830 mil vagas.

Saiba os direitos do trabalhador temporário

Na modalidade temporária, o trabalhador tem anotação em carteira e os direitos assegurados pela legislação 6.019/1974. Dentre os direitos, estão inclusos pagamento de horas extras, descanso semanal remunerado, 13º salário e férias proporcionais ao período trabalhado. Ele recebe 8% dos seus proventos a título de FGTS e o período como temporário conta como contribuição para a aposentadoria.

Vale ressaltar que na legislação, o trabalhador temporário pode ser contratado por até 180 dias, com possibilidade de prorrogação por mais até 90 dias. A efetivação pode acontecer a qualquer momento desse período. Junto à Previdência, o trabalhador temporário também tem todos os direitos garantidos, desde que se respeite a carência mínima exigida para o pagamento dos benefícios.

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