Demissão voluntária atinge 39% entre profissionais qualificados em 2023

Saiba quais foram as principais causas das saídas voluntárias de colaboradores com formação superior completa e mais de 25 anos, segundo pesquisa da Robert Half

Victor Meira   Publicado em 27/02/2024, às 11h41

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O ano de 2023 foi marcado por uma alta taxa de demissão voluntária (turnover), ou seja, a rotatividade de funcionários que decidem deixar a empresa por vontade própria. De acordo com o Índice de Confiança Robert Half, com base em dados do Caged, 39% dos desligamentos entre profissionais qualificados, aqueles com formação superior completa e mais de 25 anos, foram a pedido do colaborador.

Esse indicador é crítico para as organizações, pois reflete o nível de satisfação, engajamento e retenção dos talentos. Além disso, o turnover voluntário pode gerar custos diretos e indiretos para as empresas, como perda de conhecimento, queda na produtividade, aumento do trabalho temporário e despesas com recrutamento e treinamento.

Demissão voluntária: motivos para se demitir

Mas quais foram as principais razões que levaram os profissionais qualificados a pedirem demissão em 2023? 

Segundo a pesquisa da Robert Half, que entrevistou 1 mil gestores de empresas de diversos setores e portes no Brasil, a maioria expressiva (65%) apontou “melhores oportunidades em outras empresas” como o principal motivador. 

Em segundo lugar, 25% mencionaram a “falta de oportunidades de crescimento na empresa”, destacando a importância do desenvolvimento profissional. Para completar as três primeiras posições, 20% indicaram “salários abaixo da média do mercado”.

Outros fatores que também influenciaram as saídas voluntárias foram: problemas de conciliação entre trabalho e vida pessoal (15%), falta de reconhecimento e recompensas (12%), retorno ao trabalho presencial (10%) e dificuldades de comunicação e feedback (8%). 

Os respondentes deviam escolher os três principais motivos, por isso a soma dos percentuais é maior do que 100%.

A pesquisa também revelou o volume de turnover voluntário em 2023. A maior parte das empresas (41%) experimentou uma taxa de rotatividade de menos de 5%. Cerca de 25% tiveram uma taxa entre 5% e 10%, enquanto 23% enfrentaram uma taxa superior a 10%. Os 11% restantes não souberam responder.

Na comparação com o ano anterior, quase metade das empresas (47%) relatou que o turnover em 2023 foi igual ao registrado em 2022. Entretanto, 24% observaram um aumento, sugerindo desafios na retenção de talentos. Por outro lado, 15% registraram uma redução. Entre os entrevistados, 14% preferiram não responder.

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