A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2% no trimestre encerrado em outubro, o menor índice desde 2012, segundo a Pnad Contínua. Confira os detalhes sobre o mercado de trabalho e os setores que mais contribuíram para essa melhora
Victor Meira Publicado em 29/11/2024, às 16h46
A taxa de desemprego no Brasil atingiu 6,2% no trimestre encerrado em outubro deste ano, marcando o menor índice desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada em 2012.
Este resultado representa uma queda em comparação ao trimestre anterior, que registrou 6,8%, e ao mesmo período do ano passado, quando a taxa era de 7,6%.
A população ocupada no país alcançou um recorde de 103,6 milhões de pessoas, um aumento de 1,5% em relação ao trimestre encerrado em julho e de 3,4% em comparação a outubro do ano passado. Este crescimento foi impulsionado tanto pelos empregos com carteira assinada quanto pelos sem carteira.
O número de empregados no setor privado com carteira assinada chegou a 39 milhões, o maior desde o início da série histórica. Houve um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 3,7% em comparação ao mesmo período do ano passado. Já os empregos sem carteira assinada atingiram 14,4 milhões, também um recorde, com altas de 3,7% trimestralmente e 8,4% anualmente.
A população desocupada recuou para 6,8 milhões, uma redução de 8% (591 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 17,2% (1,4 milhão de pessoas) em comparação a outubro de 2023. Este é o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.
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O rendimento real habitual dos trabalhadores ficou em R$ 3.255, estável em relação ao trimestre anterior e com um crescimento de 3,9% no ano. A massa de rendimento real habitual aumentou 2,4% no trimestre e 7,7% no ano, totalizando R$ 332,6 bilhões.
A população informal, que inclui trabalhadores sem carteira assinada e por conta própria sem CNPJ, chegou a 40,3 milhões, um crescimento de 2,1% em relação ao trimestre anterior. A taxa de informalidade foi de 38,9%, ligeiramente acima dos 38,7% registrados no trimestre anterior.
Os setores que mais contribuíram para a geração de empregos foram a indústria (2,9%), construção (2,4%) e outros serviços (3,4%). Em comparação ao mesmo período do ano passado, houve crescimento na indústria (5%), construção (5,1%), comércio (3,3%), transporte, armazenagem e correio (5,7%), informação e comunicação (4,5%), administração pública, saúde e educação (4,4%) e outros serviços (7,2%). Apenas a agricultura apresentou uma queda de 5,3% nos postos de trabalho.
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