A digitalização do setor financeiro tem alterado o perfil de contratação, com demanda crescente por profissionais especializados. Saiba mais!
Victor Meira Publicado em 03/06/2024, às 10h32
A digitalização tem revolucionado o setor financeiro, alterando o perfil de contratação e demandando profissionais cada vez mais especializados. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), oito em cada dez transações já são digitais, representando cerca de 42 transferências mensais por usuário.
Os setores de Meios de Pagamento e de Bancos Digitais têm registrado um crescimento exponencial nos últimos anos. No entanto, o novo Panorama Setorial da Robert Half aponta uma tendência de queda no estoque total de empregos na área, mas com uma procura acentuada por profissionais especializados.
“Há uma revolução em curso no setor financeiro com a implementação da moeda digital DREX, do Open Finance e do Open Banking, sem falar no bem-sucedido lançamento do PIX, que foi amplamente adotado pelos usuários de serviços financeiros”, destaca Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half América do Sul.
Essa transformação digital, provavelmente a mais acentuada entre todos os setores da economia, requer profissionais de competências híbridas, bem versados simultaneamente em Finanças e Tecnologia. “Essas características são difíceis de achar no mercado, tornando-se um desafio no recrutamento. Por outro lado, as pessoas que possuem esse perfil são bastante valorizadas”, complementa Mantovani.
A maior demanda no setor tem sido por profissionais com conhecimentos sobre regulamentação e compliance, por um lado, e por segurança cibernética, do outro. Recentemente, em função de um aumento nas reclamações de usuários das plataformas, também tem aumentado a demanda por profissionais com experiência com clientes.
Hoje, muitos profissionais com experiência no setor financeiro sentem dificuldades para se adaptar às novas demandas tecnológicas. Por outro lado, profissionais com experiência em empresas de tecnologia costumam sofrer com a falta de conhecimento sobre regulamentações do setor financeiro, como normas do Banco Central ou contábeis.
Em função dessa dificuldade, a solução costuma ser a contratação de pessoas com experiência em uma das áreas, que serão treinadas para desenvolver as competências esperadas da outra, o que nem sempre é uma possibilidade em mercados extremamente dinâmicos, como o de Bancos Digitais.
Pela própria cultura do setor, muitas startups oferecem pacotes de remuneração que incluem stock options para estimular o “senso de dono” das equipes. Isso também é uma tendência nos mercados de meios de pagamentos e bancos digitais, nos quais empresas que fizeram IPO nos últimos anos chamaram a atenção por bons resultados.
Essa estratégia tem sido também uma forma de propor remunerações mais agressivas para profissionais que, em função da especialização, tendem a possuir expectativas de salário bastante elevadas.
Hard Skills
Soft Skills
Os salários médios (em reais) no setor de Meios de Pagamentos e Bancos Digitais, extraídos de entrevistas e conhecimento de mercado dos consultores da Robert Half, podem ser consultados aqui.
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