Dois a cada três brasileiros querem mudar de emprego por falta de bem-estar, diz pesquisa

Pesquisa mostra que 66% dos brasileiros trocariam de emprego por uma empresa que priorize o bem-estar. Geração Z é a mais insatisfeita e a ansiedade lidera os sentimentos no ambiente corporativo

Victor Meira   Publicado em 06/02/2025, às 10h31

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Uma pesquisa sobre bem-estar, sustentabilidade humana e produtividade consciente no Brasil revelou que 66% dos trabalhadores brasileiros estão dispostos a trocar de emprego por uma empresa que priorize sua saúde mental, mesmo que isso signifique ganhar o mesmo salário ou menos. 

O estudo, realizado pela Reconnect Happiness at Work & Human Sustainability em parceria com a Pin People e a Coalizão de Sustentabilidade Humana e Bem-Estar, ouviu 721 profissionais de 20 estados brasileiros entre outubro e novembro de 2024.

Os dados, compilados no 1º Relatório de Sustentabilidade Humana e Produtividade Consciente no Trabalho, mostram que a insatisfação no ambiente corporativo é alta, especialmente entre a Geração Z, e que a produtividade está diretamente ligada ao bem-estar. 

Além disso, a pesquisa aponta os principais problemas das organizações brasileiras: liderança ineficaz, falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional e ausência de suporte ao bem-estar dos colaboradores.

Geração Z é a mais insatisfeita

A Geração Z, que representa 9,2% dos respondentes, é a mais insatisfeita no mercado de trabalho atual. Com um índice eNPS (Net Promoter Score) de -24, esses jovens tem dificuldades de adaptação, alinhamento com o propósito da empresa e bem-estar no ambiente corporativo. A pesquisa também destacou que a ansiedade é o sentimento predominante no trabalho, citado por 5% dos participantes.

Produtividade e bem-estar andam juntos

O estudo reforça a conexão entre produtividade e bem-estar. Profissionais que se sentem sempre produtivos apresentam um eNPS de +22, enquanto aqueles que raramente se sentem produtivos registraram um índice de -84. Isso mostra que investir no bem-estar dos colaboradores não é apenas uma questão de saúde, mas também de eficiência e resultados para as empresas.

Modelos de trabalho flexíveis geram mais satisfação

A pesquisa também analisou a satisfação dos profissionais com diferentes modelos de trabalho. O remoto foi o único com eNPS positivo (+13), enquanto o presencial obteve o pior desempenho (-20). Isso reforça a tendência de que modelos flexíveis e híbridos são mais valorizados pelos colaboradores.

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