O número de empregos formais caiu em outubro, segundo dados do Caged. Confira os detalhes e os setores mais afetados
Victor Meira Publicado em 27/11/2024, às 16h52
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgou que a criação de empregos formais caiu em outubro. Foram abertos 132,71 mil postos de trabalho com carteira assinada, o menor volume para o mês desde 2020, quando a metodologia atual do Caged foi implementada. Em comparação com outubro do ano passado, houve uma queda de 30,3% na geração de empregos.
Em entrevista coletiva, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, atribuiu a desaceleração na criação de vagas aos juros altos. Ele destacou que a falta de colaboração do Banco Central em analisar os indicadores macroeconômicos contribuiu para a perda de ritmo no crescimento do emprego.
Apesar da queda em outubro, o saldo acumulado de empregos formais nos primeiros dez meses do ano é positivo, com 2,117 milhões de vagas abertas, um aumento de 18,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Este é o maior resultado acumulado desde 2022.
Três dos cinco setores pesquisados pelo Caged criaram empregos formais em outubro:
Por outro lado, a construção civil fechou 767 postos, e a agropecuária eliminou 5.757 vagas devido ao fim da safra de vários produtos.
No setor de serviços, o segmento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas liderou a criação de empregos, com 41.646 novos postos. Na indústria, a indústria de transformação foi o destaque positivo, contratando 23.800 trabalhadores a mais do que demitiu.
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Todas as cinco regiões brasileiras registraram saldo positivo na criação de empregos em outubro:
Entre as unidades da Federação, São Paulo (+47.255 postos), Rio Grande do Sul (+14.115) e Rio de Janeiro (+10.731) foram os destaques na criação de empregos. Bahia, Mato Grosso e Goiás foram os únicos estados a registrar fechamento de vagas.
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