Lula vs Bolsonaro: compare a geração de empregos de ambos no primeiro mandato

Quem gerou mais emprego, Lula ou Bolsonaro? O tema disperta muito interesse nos brasileiros durante os debates das Eleições 2022

Douglas Terenciano   Publicado em 17/10/2022, às 11h44 - Atualizado às 11h49

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A geração de empregos é um dos assuntos que mais dispertam interesse nos brasileiros durante os tradicionais debates das Eleições 2022. Com a economia instável e muitos trabalhadores de desempregados, o tema está em alta no dia a dia do país. Para você ter uma ideia, fizemos um comparativo sobre os primeiros mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) sobre a geração de empregos. Confira!

Antes, vale destacar que os momentos econômicos encontrados por ambos os presidentes no primeiro mandato são bem diferentes, pois tivemos uma pandemia durante a gestão de Bolsonaro e, obviamente, devemos levar isso em consideração. Além disso, a mudança na metodologia do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em janeiro de 2020, anunciada pelo Ministério da Economia, dificulta a comparação. Desde então, ele trabalha com um conjunto mais amplo de dados e essa alteração inviabiliza a comparação com períodos anteriores, inclusive antes da Covid-19 e da guerra na Ucrânia.

Em resumo, o Novo Caged passou a usar dados de três sistemas: do antigo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do eSocial e do Empregador Web (onde se registram os pedidos de seguro-desemprego). Com isso, foi incluído mais gente no novo sistema, como trabalhadores temporários, entre outros sem vínculo formal, que não eram contabilizados antes. Dessa forma, o resultado referente aos novos empregos fica diferente do que era obtido antes dessa mudança. A tendência é que o número fique muito maior, já que a abrangência é muito mais ampla.

Empregos nos governos Lula e Bolsonaro

Levando isso em consideração, vamos aos números! Em fevereiro de 2007, após o primeiro mandato de Lula como presidente do Brasil, o Caged divulgou dados que apontaram a criação de 4,651 milhões de postos formais de trabalho nos quatro anos de governo petista. Apesar do crescimento, o número de empregos formais ficou abaixo do prometido pelo ex-presidente, que durante a campanha política, em 2002, disse que seria necessária a criação de 10 milhões de empregos nos quatro anos seguintes.

Já o atual presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro disse, em discurso na Esplanada dos Ministérios no dia 7 de setembro, que houve recorde na geração de empregos no Brasil. “Quando parecia que tudo estaria perdido para o mundo, eis que o Brasil ressurge com uma economia pujante”, afirmou na ocasião.

Vale destacar que o recorde de admissões da série histórica do Novo Caged foi registrado em fevereiro de 2022, com 2.069.316 empregos gerados. Na ocasião, o saldo entre novos empregos e desligamentos ficou em 338.184. Além disso, o maior saldo de empregos no Novo Caged ocorreu em fevereiro de 2021: totalizando 397.517.

Dados recentes sobre emprego

Segundo dados do Caged, divulgados em agosto pelo Ministério do Trabalho e Previdência, o Brasil gerou 218.902 vagas com carteira assinada no mês de julho, resultado de 1.886.537 de contratações e 1.667.635 de desligamentos. No acumulado até o referido mês, o país gerou 1.560.896 novos empregos formais, enquanto no período de agosto de 2021 a julho de 2022, ou seja, últimos 12 meses, o saldo positivo chegou a 2.549.939 vagas geradas. O texto contém informações do portal da Presidência da República.

Quanto ao número de empregos formais, o Caged mostra que, em julho, o país alcançou um estoque recorde histórico de 42.239.251 de registros. Nos dois últimos anos, o saldo também foi positivo, uma vez que, das 43.141.648 novas admissões, foram registrados 37.599.365 desligamentos, mantendo um saldo de 5.542.283 postos de trabalho no período de julho de 2020 a julho de 2022.

Entre os setores que mais se destacaram, foi registrado maior crescimento no setor de Serviços, com saldo positivo de 81.873 postos de trabalho formais, seguido da Indústria, que registrou 50.503 vagas e o comércio, com geração de 38.574 postos no mês de julho. No ano, o setor da construção civil foi o que teve desempenho mais destacado, com um crescimento de 9,38% no estoque de empregos formais. O setor de serviços gerou 874.203 vagas, seguido pela indústria, com 266.824 novos empregos até o momento.

Por fim, de acordo com dados do novo Caged, o resultado positivo de julho foi verificado em todo o país, sendo percebida nas 27 Unidades da Federação, com destaque para São Paulo, com 67.009 novos postos de trabalho (+0,51%); Minas Gerais com +19.060 postos (+0,43%) e Paraná que gerou +16.090 postos (+0,55%). Do ponto de vista regional o grande destaque foi a região Norte, com um crescimento de 0,8% da força de trabalho, o maior crescimento relativo entre as cinco regiões brasileiras.

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