Mais da metade dos trabalhadores avaliariam mudar de emprego se perdessem o salário sob demanda

Um levantamento da Quansa mostra a importância do salário sob demanda para a estabilidade financeira e a satisfação dos trabalhadores no Brasil.

Victor Meira   Publicado em 03/07/2024, às 09h34

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De acordo com um levantamento realizado pela Quansa, uma startup que organiza o benefício do salário sob demanda, 53% dos colaboradores que já se beneficiam do salário sob demanda disseram que considerariam mudar de emprego caso sua empresa deixasse de oferecer o benefício. Além disso, 95% expressaram que ficariam desapontados sem acesso a essa flexibilidade.

O estudo da Quansa também mostra que 77% dos trabalhadores relatam uma percepção mais positiva do pacote de benefícios após a adoção do salário sob demanda, refletindo uma valorização crescente das políticas de bem-estar do empregador. Essa visão positiva é essencial para a retenção de talentos, pois colaboradores satisfeitos e com segurança financeira tendem a ser mais leais e menos inclinados a procurar novas oportunidades de trabalho ou até mesmo faltar ao emprego.

O que é o salário sob demanda?

O salário sob demanda, também conhecido como “Earned Wage Access” (EWA), é um benefício que permite aos trabalhadores acessar uma parte do salário que já ganharam antes da data tradicional de pagamento. Isso proporciona maior flexibilidade e controle financeiro, permitindo que os trabalhadores gerenciem melhor seu fluxo de caixa e evitem dívidas desnecessárias ou taxas de juros altas de empréstimos.

Por exemplo, se um trabalhador ganhou R$ 1.000 em uma semana, mas precisa de R$ 200 antes do dia de pagamento para cobrir uma despesa inesperada, ele pode usar o salário sob demanda para acessar esse dinheiro imediatamente, em vez de recorrer a um empréstimo ou cartão de crédito.

Esse benefício está se tornando cada vez mais popular, pois ajuda a reduzir o estresse financeiro dos trabalhadores e aumenta a satisfação e o engajamento no trabalho. Além disso, pode ser uma ferramenta eficaz para as empresas atraírem e reterem talentos. No entanto, é importante que seja implementado de maneira responsável, para evitar que os trabalhadores se tornem dependentes dele e acabem gastando seu salário antes do tempo.

Salário sob demanda está mudando a dinâmica entre empresas e colaboradores

Gonzalo Blanco, CEO da Quansa, destaca que o salário sob demanda está mudando a dinâmica entre empresas e colaboradores. “Nós estamos mudando por completo a experiência dos colaboradores, sem incrementar a carga de trabalho e os processos do departamento de recursos humanos”, pontua. 

O salário sob demanda tem impacto não só na vida do colaborador, mas também serve como uma ferramenta estratégica para gestores de RH que buscam aprimorar a satisfação e o engajamento de suas equipes. Os empregadores que implementam essa prática não só obtêm uma vantagem competitiva, mas também criam um ambiente de trabalho mais motivador, atraindo talentos de alto nível.

Além de oferecer maior controle financeiro e segurança, o levantamento da Quansa revela como o benefício é utilizado na prática pelos colaboradores. Contrariando certos mitos, o dinheiro é utilizado, majoritariamente, para despesas básicas e essenciais, sendo 29% para contas da casa, 22% para situações emergenciais, e 22% para a alimentação.

O que mais chama a atenção nos resultados da pesquisa da Quansa é que, com o benefício do salário sob demanda, os colaboradores já conseguem ver resultados positivos em suas finanças, usando, em média, menos de 20% do seu salário total, pois apenas acessar esse valor antes do final do mês já lhes permite obter um maior controle financeiro sobre suas despesas. “Fica claro que o salário sob demanda não é apenas um benefício adicional; é uma necessidade básica emergente que responde diretamente às demandas contemporâneas por maior controle e segurança financeira”, explica Gonzalo.

Os usuários da Quansa revelam que, sem o acesso à ferramenta, 85% se endividariam ou se atrasariam nos pagamentos durante o mês (40% dos colaboradores teriam que recorrer a empréstimos informais, 31% dos entrevistados revelam que atrasariam pagamentos, 14% parcelariam compras ou usariam o limite do cheque especial, com juros exorbitantes). Essa situação pode causar constrangimento e sensação de incapacidade financeira, impactando negativamente a autoestima e a saúde emocional do trabalhador.

A implementação do salário sob demanda pela Quansa trouxe uma revolução na gestão financeira pessoal dos colaboradores. Antes dessa inovação, apenas 18% conseguiam economizar ao final do mês. Com o salário sob demanda, esse número subiu para 39%. Além disso, 12% dos trabalhadores agora têm reservas financeiras que cobrem despesas por quatro meses ou mais.

Para o CEO da Quansa, Gonzalo Blanco, os resultados são evidentes: o acesso imediato ao salário permite que os colaboradores enfrentem despesas inesperadas sem recorrer a empréstimos ou ao cheque especial, evitando o ciclo de dívidas. O sucesso dessa inovação já é comprovado em vários países do mundo, onde os impactos positivos foram tão significativos que o salário sob demanda deixou de ser uma novidade e se tornou uma prática estabelecida em empresas renomadas globalmente, como Wallmart, McDonalds, Oakberry, Ecorodovias entre outras.

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