Alguns candidatos costumam mentir a respeito da formação acadêmica, conhecimento de idiomas e até plagiar a redação, informa supervisora do CIEE
Douglas Terenciano | douglas@jcconcursos.com.br Publicado em 31/03/2022, às 08h52 - Atualizado às 09h11
Com o objetivo de alcançar a tão sonhada vaga de estágio, alguns jovens acabam decidindo ‘turbinar’ o currículo da maneira menos apropriada: acrescentando experiências e competências que na verdade não possuem. De acordo com Renata Honda, supervisora do CIEE One - processos seletivos especiais, os candidatos costumam mentir a respeito da formação acadêmica, conhecimento de idiomas e chegam, até mesmo, a plagiar a redação solicitada no processo seletivo.
“Ao contrário do que os candidatos imaginam, a mentira pode ser facilmente identificada pelos recrutadores durante o processo seletivo. Para os casos de certificação do nível de proficiência de uma língua estrangeira, as empresas têm adotado testes on-lines com mecanismos de segurança para certificar que não existiu fraude durante o processo”, conta Renata.
No caso de cursos de formação complementar, é recomendado que o candidato descreva no currículo a instituição de ensino, além do tempo de duração do curso. Para quem deseja realmente aperfeiçoar o currículo, a instituição filantrópica disponibiliza cursos gratuitos por meio do CIEE Saber Virtual, plataforma que conta com tecnologia AVA.
A especialista ainda alerta que mentiras relacionadas ao interesse do jovem na vaga podem prejudicá-lo também. “Recomendamos que o jovem sinalize quando ele não estiver interessado na oportunidade, pois alguns simplesmente não aparecem na entrevista, ou inventam desculpas para não seguir no processo seletivo, e isso pode prejudicar em ocasiões futuras”, conta.
Muitos candidatos perdem boas oportunidades de inserção no mercado por conta do uso inadequado da língua portuguesa. Com as empresas adotando ferramentas como testes ortográficos e redações para funcionar como filtros, o número de trabalhadores e estudantes que não passam sequer na primeira etapa é cada vez maior.
A facilidade da tecnologia contribui para o problema. Com o acesso à tecnologia e aplicativos de correções automáticas de texto, pesquisar informações resumidas sem a necessidade de fazer uma busca integral sobre determinado assunto, dificultam o enriquecimento do vocabulário e a organização linguística.
Outro motivo que acaba influenciando na vida profissional dos candidatos é o costume de abreviar o português nas redes sociais. Ou seja, nem todos conseguem se adequar às mudanças exigidas quando o ambiente sai do universo dos perfis virtuais. É comum casos de pessoas que usam muito esse tipo de “escrita encurtada” e acabam cometendo erros, tanto na elaboração de algum texto, quanto no envio de um simples e-mail profissional.
Vale destacar que a conhecida “Era Digital” também possui seus benefícios e permite o fácil acesso às obras e clássicos da literatura, inclusive por meio de smartphones. Por outro lado, um dos principais dilemas modernos está na mentalidade de pessoas que não praticam o hábito da leitura. Enfim, lembre-se: quanto mais usar linguagens da internet no dia a dia, maior a chance de descuido em momentos importantes, como por exemplo, um teste para uma vaga no mercado de trabalho.
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O Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE é uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos e de fins não econômicos, reconhecida como entidade de assistência social que, por meio de diversos programas, dentre eles o de aprendizagem e o estágio de estudantes, possibilita aos adolescentes e jovens uma formação integral, ingressando-os ao mundo do trabalho.
O Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE é uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos e de fins não econômicos, reconhecida como entidade de assistência social que, por meio de diversos programas, dentre eles o de aprendizagem e o estágio de estudantes, possibilita aos adolescentes e jovens uma formação integral, ingressando-os ao mundo do trabalho.