Mercado exige novos cursos superiores

À medida em que os anos passam, é visível a evolução do mercado de trabalho e a conseqüente demanda

Redação   Publicado em 24/01/2007, às 09h17

Na medida em que os anos passam, é visível a evolução do mercado de trabalho e a conseqüente demanda por profissionais mais especializados. Tanta procura incentiva as universidades a criarem cursos superiores diferenciados. Exemplos desta adequação não faltam pelas instituições de ensino superior espalhadas pelo País. Segmentos como os de Eventos, Psicopedagogia e Tecnologia, são apenas alguns dos que não param de receber inovações e ter seus cursos readaptados às novas realidades. "O mercado de eventos cresceu, mas falta gente especializada. Muitos de nossos alunos já trabalham na área, mas vieram para a universidade para buscar base teórica", explica Mauro Eduardo Fanelli de Lima, coordenador do curso de Organização de Eventos, ministrado pelo Centro Universitário FIEO (UNIFIEO), em Osasco/SP (Grande São Paulo), instituição esta que também implantou, a partir de 2005, os cursos de Psicopedagogia e o de Tecnologia em Planejamento, criados a partir desta mesma motivação. Apenas para se ter uma idéia, o Brasil abriga 319,5 mil eventos por ano, entre feiras, congressos, shows e convenções, gerando cerca de 70 mil empregos, de acordo com dados levantados pelo Convention & Visitors Bureaux. Para os profissionais de Psicopedagogia, por sua vez, a demanda cresceu especificamente no Estado de São Paulo, onde uma lei de 2001 determina que todas as escolas - públicas ou privadas - possuam um Psicopedagogo em seu corpo docente. Este especialista ajudará a identificar e corrigir eventuais deficiências de aprendizagem dos alunos. "As escolas são o maior mercado para estes profissionais, mas há espaço também em empresas (na área de Recursos Humanos, para recrutamento e treinamento de profissionais), hospitais, clínicas e ONGs", aponta Marcia Siqueira de Andrade, coordenadora do curso de Psicopedagogia da universidade localizada na Grande São Paulo. Da área de Tecnologia, então, nem se fala. Segundo o assessor econômico do Centro de Solidariedade ao Trabalhador, Juarez Mota, a Tecnologia da Informação, por exemplo, afetará ainda mais significativamente o mercado de trabalho em magnitude que vai além dos profissionais diretamente envolvidos com a construção do setor. “Atualmente a gestão de bases de dados, desenvolvimento de sistemas interativos para os clientes externos e internos e a segurança das informações são áreas em que há muitas oportunidades sendo geradas e em condições ascendentes”, afirma o assessor. Por Cristiane Navarro Vaz