O salário mínimo de 2025, reajustado para R$ 1.518, começa a ser pago em fevereiro. Entenda as mudanças na regra de cálculo e os impactos do novo valor
Victor Meira Publicado em 04/02/2025, às 15h46
O novo salário mínimo de 2025, fixado em R$ 1.518, começou a valer em janeiro, mas só será pago aos trabalhadores a partir deste mês de fevereiro. O reajuste de 7,5% representa um aumento de R$ 106 em relação ao valor anterior, superando a inflação do período.
Apesar do aumento, o valor ficou abaixo do esperado devido a mudanças na fórmula de cálculo, que agora inclui um teto de 2,5% para o crescimento das despesas públicas. Pela regra antiga, que considerava a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e a variação do PIB (Produto Interno Bruto), o salário mínimo chegaria a R$ 1.525.
O reajuste do salário mínimo entra em vigor em janeiro, mas o pagamento do novo valor só ocorre em fevereiro porque os trabalhadores recebem o salário referente ao mês anterior. Portanto, o valor atualizado aparecerá nos contracheques deste mês.
O salário mínimo é a base para o cálculo de benefícios previdenciários, assistenciais e trabalhistas, como aposentadorias do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e programas sociais. Por isso, qualquer ajuste no valor tem reflexos diretos no orçamento do governo, especialmente em um momento de contenção de despesas.
A mudança na fórmula de reajuste, com a inclusão do teto de 2,5%, foi uma medida para evitar aumentos abruptos e seus impactos nas contas públicas. Mesmo assim, o valor de R$ 1.518 representa um avanço em relação ao ano anterior, garantindo um pouco mais de poder de compra aos trabalhadores.
Com o novo salário mínimo, os trabalhadores formais e informais que recebem esse valor terão um pequeno aumento em sua renda. Além disso, os benefícios vinculados ao mínimo, como o Bolsa Família e o BPC (Benefício de Prestação Continuada), também serão reajustados, beneficiando milhões de brasileiros.
Apesar do reajuste, especialistas alertam que o valor ainda está abaixo do necessário para cobrir as despesas básicas de uma família, especialmente em um cenário de alta nos preços de alimentos e serviços essenciais.
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