Número de mulheres trabalhando na construção civil pode crescer ainda mais em 2024

A indústria da construção civil no Brasil se prepara para um crescimento robusto em 2024, impulsionado por incentivos governamentais e uma força de trabalho cada vez mais diversificada

Victor Meira   Publicado em 04/03/2024, às 22h28

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A Confederação Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) projeta um cenário otimista para o setor da construção civil em 2024. Com a expectativa de crescimento impulsionado por incentivos governamentais, as construtoras se preparam para expandir seus empreendimentos e aumentar a oferta de empregos. No entanto, um desafio persiste: a contratação de mão-de-obra qualificada.

Historicamente dominado por homens, o setor tem visto uma mudança significativa com o aumento da participação feminina. Em 2023, o número de trabalhadores formais na construção civil cresceu 6,57%, com a criação de 158.940 novos postos de trabalho. Outubro do mesmo ano marcou o pico de empregos formais desde 2015, atingindo 2,675 milhões de trabalhadores.

Paulo Antonio Kucher, vice-presidente comercial da Lyx, destaca a importância da diversidade para o setor: “A alta demanda imobiliária e a participação das mulheres são fundamentais para superar gargalos e melhorar o desempenho da construção civil.”

O programa Minha Casa Minha Vida, onde a Lyx é atuante, tem crescido consistentemente, especialmente após a redução da Selic em setembro de 2023. A construção civil representa 6% do total de trabalhadores formais no Brasil, e a Lyx planeja criar 5 mil novos empregos no Paraná e no Rio Grande do Sul em 2024.

Kucher ressalta que o mercado atual busca profissionais competentes, independentemente do gênero, e as mulheres estão conquistando espaços antes dominados por homens. A Lyx, por exemplo, tem promovido a equidade de gênero, apesar dos desafios históricos e educacionais.

Luana Fialkoski, gestora de produção na Lyx, compartilha sua experiência positiva com a crescente adesão feminina no setor. “Formamos uma equipe de mulheres no canteiro de obras, que demonstraram grande vontade e capacidade para executar trabalhos tradicionalmente masculinos.”

Embora a participação feminina na construção civil tenha crescido 65% entre 2002 e 2012, e o número de mulheres em cursos de engenharia civil esteja em ascensão, ainda há um longo caminho a percorrer. Menos de 20% dos profissionais de engenharia registrados no Brasil são mulheres, segundo o Confea.

Fialkoski destaca que na Lyx, mais de 50% do corpo administrativo é feminino, refletindo um ambiente de trabalho que valoriza a equidade e oferece oportunidades para mulheres em todas as áreas.

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