Pequenos e microempresários lideram contratações e avanço do PIB no Brasil no 1º semestre

De acordo com levantamento do Sebrae, mais de 1,3 milhão de empregos formais foram gerados por pequenos e microempresários

Victor Meira | victor@jcconcursos.com.br   Publicado em 08/08/2022, às 09h34

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O primeiro semestre foi desafiador para quem administra as micro e pequenas empresas no Brasil. Apesar deste cenário complicado, eles foram os responsáveis por gerar 72,1% dos empregos criados nos seis primeiros meses de 2022. Pelo menos é o que revela um levantamento do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). 

De janeiro a junho, foram criados 1,33 milhão de postos de trabalho formais. Deste total, 961,2 mil são das micro e pequenas empresas.

O levantamento foi realizado pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que usou os dados do Caged, que é do Ministério da Economia. 

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Ainda segundo estudo, houve crescimento do emprego formal em todos os estados brasileiros, ou seja, as 5 regiões brasileiras apresentaram saldo positivo:

Em relação aos setores, o que mais se destacou nas vagas formais foram o comércio com 47.176; indústria com 41.517; e agropecuária com geração de 34.460 vagas formais.

No 1º trimestre de 2022, o PIB (Produto Interno Bruto), que é o resultado da soma de todos os produtos e serviços oferecidos no país, cresceu 1%. A previsão do Ministério da Economia é que este número encerre 2022 com crescimento bem maior. Na última estimativa, a pasta revisou de 1,5% para 2% para o crescimento do PIB.

Micro e pequenos empresários ajudam no crescimento do PIB

Outro levantamento feito pelo Sebrae informa que os micro e pequenos empresários são responsáveis por, aproximadamente, 30% do PIB brasileiro. Sendo que das 19,3 milhões de empresas brasileiras, 13,4 milhões são pequenos negócios, indica relatório divulgado pelo Ministério da Economia no início de junho.

"As micro e pequenas empresas, nos últimos anos, estão segurando muito a questão dos empregos", analisa o economista da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Luiz Gustavo Barbosa em entrevista ao portal Terra. 

"As maiores dificuldades deles são com relação à administração de crédito, porque a renda se mistura com a vida pessoal e profissional; acessar novos mercados, ou seja, sair da característica local; e a digitalização", conclui.

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