O Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) divulgou uma pesquisa sobre quais benefícios os candidatos mais buscam em uma vaga. Exatos 25.091 estudantes apontaram suas preferências, no período de 18 a 29 de janeiro deste ano
Douglas Terenciano Publicado em 18/02/2016, às 13h24
Em tempos de crise, conquistar um espaço no mercado de trabalho está cada vez mais difícil. Muitas empresas exigem diversas habilidades dos candidatos. Por outro lado, quando uma oportunidade se abre, quais são os atrativos mais observados pelo jovem? O Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube) divulgou uma pesquisa sobre quais benefícios os candidatos mais buscam em uma vaga. Exatos 25.091 estudantes apontaram suas preferências, no período de 18 a 29 de janeiro deste ano.
Uma carga horária maleável, frente ao momento delicado da economia, parece ter deixado o posto de item relevante na mente de quem tem entre 15 a 26 anos, faixa estudada. Na quinta posição, somente 6,5% elegeram como prioridade o item “Flexibilidade no horário”. Antes presente com frequência na relação de pontos mais vantajosos, agora o assunto se encontra no centro das reflexões. “Quem chega no mercado agora, quer antes de mais nada verificar quais são as condições gerais oferecidas por um estágio ou emprego, e não se ele vai deixar de ter algumas horas livres em seu dia”, comenta Eva Buscoff, coordenadora de treinamento do Nube.
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Na sequência, três alternativas apresentaram estatísticas próximas. “Atividades interessantes para minha carreira” (11,3%), “uma bolsa-auxílio melhor” (12,7%) e “proximidade com a minha casa” (13,2%). “Quando o momento financeiro de um país é favorável, todos querem ganhar mais e migrar de função, independentemente do tempo de trabalho, sem muito critério e no intuito de aumentar as receitas”, afirma Eva. Agora, no instante de desequilíbrio nas contas e alto número de concorrentes por vaga, “cresce nos alunos uma maturidade de tomar decisões com racionalidade, pois o sucesso chegará para aqueles mais focados”.
Somadas todas as opções, não se alcança o número da mais votada. Em primeiro lugar, as “possibilidades de crescimento profissional” chamam a atenção do brasileiro, sendo a escolha de 56,3%. “Reflexo da atual Geração Y, marcada pelo desejo de lograr êxito em menos tempo se comparada às juventudes de décadas anteriores, o estudo traz o retrato da ansiedade contida na alma de quem é iniciante”, acredita a especialista do Nube. No entanto, “antes de pensar na velocidade de uma evolução no cargo ou na carreira em si, é preciso haver clareza na importância de construirmos com calma e paciência o nosso leque de conhecimento, a fim de ganhar experiência com sabedoria, pois se tratando de profissão, a pressa definitivamente é inimiga da perfeição”, finaliza Eva.