Pesquisa mostra tendências do mercado de trabalho com regime híbrido e jornada de 4 dias

Em um mundo que se recupera dos impactos da pandemia, a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH Brasil), em parceria com a Umanni, traz luz às tendências do mercado de trabalho. A pesquisa “O Cenário do RH no Brasil – 2023” destaca a resiliência e a adaptabilidade das empresas e colaboradores em um cenário de constante evolução.

Com dados coletados de cerca de 900 profissionais de RH, o estudo revela uma inclinação para a manutenção de práticas conservadoras, contrariando a expectativa de que as mudanças impostas pela pandemia seriam permanentes.

Paulo Sardinha, presidente da ABRH, ressalta a importância desses insights para navegar em um ambiente de trabalho que continua a se transformar.

Regime de Trabalho: presencial versus híbrido 

A pesquisa mostra que 49,6% das empresas mantêm um regime 100% presencial, enquanto 46,2% adotaram o modelo híbrido. Notavelmente, o home office integral sofreu uma redução drástica, caindo de 23,9% para 4,2%. No regime híbrido, a preferência é por três dias presenciais (40,4%), seguidos por dois dias (27,4%) e quatro dias (18,3%).

A semana de quatro dias: uma realidade para poucos 

Embora a jornada de cinco dias continue predominante (92,8%), uma minoria (7,2%) experimenta a jornada de quatro dias. Apenas 3% das empresas têm planos de implementar essa jornada reduzida, indicando que a mudança ainda é tímida.

Modalidades de Contratação: CLT X PJ 

A contratação via CLT é a mais comum, com 92,3% dos entrevistados seguindo esse regime. A pesquisa também destaca a importância do desenvolvimento de jovens profissionais, com estágios (61,35%) e programas de aprendizagem (58%) em evidência. A contratação como Pessoa Jurídica (PJ) aparece em 43,9% dos casos, mantendo-se como uma opção relevante.

Retomada das contratações e confiança na liderança 

Um sinal positivo é que 62,1% das empresas expandiram seu quadro de colaboradores, refletindo um crescimento alinhado ao aumento de empregos formais no Brasil. No entanto, apenas 32,6% dos entrevistados expressam confiança na preparação das lideranças para os desafios atuais.

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