Entenda os fenômenos do “Rage Applying” e “Job Hopping” no mercado de trabalho contemporâneo e por que é importante ter cautela ao se candidatar a vagas de emprego por impulso
Victor Meira Publicado em 28/06/2024, às 10h35
Em um mundo cada vez mais digital e conectado, o mercado de trabalho não fica para trás. Novos comportamentos surgem e ganham nomes em inglês, como “rage applying” e “job hopping”. Embora pareçam termos modernos e inofensivos, eles podem esconder armadilhas para os profissionais.
O “rage applying”, ou “candidatura por raiva”, é um fenômeno que vem ganhando notoriedade. Trata-se de um comportamento impulsivo que leva as pessoas a se candidatarem a várias vagas de emprego, motivadas por insatisfação ou frustração com o trabalho atual. No entanto, essa prática pode levar a um ciclo vicioso conhecido como “job hopping”, caracterizado pela troca frequente de empregos.
Leonardo Berto, gerente da Robert Half, alerta para os perigos dessa prática. “O ‘rage applying’ é um comportamento que não está alinhado com um planejamento de carreira estratégico. As candidaturas impulsivas geralmente não levam a boas oportunidades, pois faltam foco e personalização para cada posição. Uma carreira de sucesso é construída com cuidado e reflexão”, explica.
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Ser um “job hopper” pode parecer atraente à primeira vista, mas é preciso cautela. Segundo a 26ª edição do Índice de Confiança Robert Half, 69% dos recrutadores avaliam os candidatos com histórico de “job hopping” levando em consideração o contexto e as razões para as mudanças. Além disso, 55% expressam preocupação com a falta de estabilidade e 46% veem isso como um sinal de dificuldade de adaptação.
Berto reforça a importância de ser estratégico na carreira. “O mercado de trabalho está sempre mudando, e o que realmente importa são os aprendizados e conquistas de cada experiência. No entanto, é crucial ser o protagonista da própria trajetória profissional. Profissionais que mudam de emprego frequentemente e não conseguem justificar essas mudanças de maneira convincente podem ser vistos negativamente pelas empresas”, conclui.
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