Especialista em Carreiras do Centro Universitário Facens, Patricia de Souza Cardoso, dá dicas valiosas para jovens que buscam oportunidades no mercado de trabalho
Victor Meira Publicado em 31/05/2024, às 10h12
O desenvolvimento tecnológico e a pandemia de covid-19 trouxeram mudanças para o mercado de trabalho, especialmente para os jovens que buscam novas oportunidades de emprego.
De acordo com dados divulgados pelo Caged, o Brasil criou mais de 1,48 milhão de empregos com carteira assinada em 2023, o menor montante registrado desde 2020. No acumulado do ano, houve saldo positivo na geração de vagas, com a criação de aproximadamente 44 milhões de postos de trabalho, e um saldo de mais de 1,2 milhão de empregos entre os jovens de 18 a 29 anos.
Patricia de Souza Cardoso, especialista em Carreiras do Centro Universitário Facens – referência nacional em metodologias inovadoras de educação nas áreas de engenharia, tecnologia, arquitetura e saúde –, afirma que a pandemia acelerou tendências tecnológicas que já estavam em curso, como o trabalho remoto e a utilização de inteligência artificial.
“Com isso, estilos de trabalho e conhecimentos técnicos que normalmente levariam mais tempo para se desenvolver foram antecipados. Esse cenário exige que tanto profissionais quanto empresas sejam mais adaptáveis e resilientes, conforme apontado no relatório da McKinsey sobre o futuro do trabalho pós-covid-19 em 2021”, aponta.
Para os jovens que estão entrando no mercado de trabalho, a especialista destaca a importância de desenvolver competências comportamentais, além das habilidades técnicas.
“Hoje, há uma ênfase maior em um conjunto de habilidades que inclui sociais, emocionais e tecnológicas. A capacidade de adaptação e o desenvolvimento contínuo de competências variadas são essenciais”, explica.
Para a nova geração de profissionais, a preparação deve ser abrangente. Patricia afirma que, no Centro Universitário Facens, existe o Escritório de Carreiras, que dá toda a mentoria e suporte para que os estudantes estejam preparados. “É preciso haver uma união entre teoria e prática e isso deve ser feito por meio de atividades acadêmicas, usinas de projetos e participação em centros de inovação. Essas iniciativas proporcionam aos jovens experiências práticas e reais que complementam o aprendizado teórico”, detalha.
Atividades pessoais, como o voluntariado, também são essenciais para desenvolver habilidades comportamentais cruciais, como escuta ativa, liderança, adaptabilidade e trabalho em equipe, observa a especialista, que acrescenta que “essas experiências contribuem significativamente para a formação de um profissional completo e preparado para os desafios do mercado de trabalho atual”.
A parceria entre empresas e a academia também é crucial para alavancar carreiras e gerar empregabilidade. “Essa colaboração permite que as universidades compreendam as competências técnicas e comportamentais valorizadas pelo mercado de trabalho, ajustando seus currículos para atender a essas demandas”, explica Patricia.
As empresas podem oferecer problemas reais para serem temas de trabalhos de conclusão de curso (TCC), proporcionando aos jovens a chance de aplicar seus conhecimentos em situações práticas. “Os alunos têm a chance de demonstrar seu potencial, aumentando as chances de contratação”, acrescenta a especialista. Além disso, ainda segundo Patricia, “a participação em feiras de estágio organizadas pelas universidades facilita a inserção dos estudantes no mercado de trabalho”.
Patricia recomenda um processo estruturado para o planejamento de carreira, que envolve quatro etapas principais:
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