O setor de restaurantes no Brasil mostra sinais de recuperação, gerando mais de 17 mil empregos formais no primeiro semestre de 2024. Saiba mais sobre o desempenho do setor e as perspectivas
Victor Meira Publicado em 29/08/2024, às 10h10
O setor de restaurantes no Brasil continua a mostrar sinais de recuperação, gerando empregos pelo quinto mês consecutivo. Em junho de 2024, foram abertas 4.727 vagas formais, resultado do saldo entre contratações e demissões. Esse dado faz parte de um estudo elaborado pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR) e a consultoria Future Tank, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Embora o desempenho seja positivo, ele é inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram criadas 8.904 posições de trabalho. No acumulado do primeiro semestre de 2024, foram geradas 17.320 oportunidades formais, número que permanece abaixo dos 28.392 postos criados no mesmo período de 2023.
São Paulo liderou a abertura de cargos tanto em junho quanto no acumulado do ano, com a criação de 2.438 e 6.659 postos de trabalho, respectivamente. O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar nesse ranking. Por outro lado, o Rio Grande do Sul enfrentou dificuldades, com um saldo negativo de 1.020 vagas em junho, sendo o pior resultado do país, impactado pelas chuvas e inundações ocorridas em maio.
No acumulado do ano, o estado gaúcho também registrou o maior saldo negativo, com a perda de 3.665 empregos, seguido por Santa Catarina, que perdeu 1.215.
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Apesar dos desafios, o setor de restaurantes mostra sinais de resiliência e melhora em boa parte do Brasil. Em junho, 21 das 27 unidades da federação registraram saldo positivo na geração de empregos. No acumulado do ano, 23 estados apresentaram crescimento nesse sentido.
Para Fernando Blower, diretor-executivo da ANR, os números de junho refletem a capacidade de adaptação do setor. “A criação de oportunidades é um sinal positivo, ainda que abaixo do desempenho do ano passado. Apesar das adversidades, principalmente no Rio Grande do Sul, o setor de forma geral segue se recuperando. Estamos otimistas de que poderemos alcançar e melhorar os níveis de emprego mais rapidamente”.
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