Taxa de desemprego cai a 7,6% no trimestre encerrado em outubro, diz IBGE

PNAD Contínua: taxa de desemprego é de 7,6% e taxa de subutilização é de 17,5% no trimestre encerrado em outubro, informa Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Douglas Terenciano   Publicado em 30/11/2023, às 09h24

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A taxa de desemprego no Brasil caiu a 7,6% no trimestre encerrado em outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (30). Vale ressaltar que o resultado representa um recuo de 0,3 ponto percentual (p.p.) na comparação com os três meses anteriores e é o menor desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, quando ficou em 7,5%, diz o instituto. As informações sobre a taxa de desemprego são do IBGE.

Enquanto isso, a população desocupada chegou a 8,3 milhões de pessoas, menos 261 mil (3,6%) do que no trimestre anterior. Já a população ocupada alcançou 100,2 milhões de pessoas, o maior contingente verificado pelo IBGE desde o início da série histórica, no 1º trimestre de 2012. Esse número é 0,9% maior que no trimestre anterior (uma adição de 862 mil pessoas) e 0,5% maior que o mesmo período de 2022 (mais 545 mil pessoas). Desta forma, o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar foi estimado em 57,2%, com alta de 0,4 p.p. ante o trimestre de maio a julho.

A taxa composta de subutilização (17,5%), recuou 0,3 p.p. frente ao trimestre encerrado em julho (17,7%) e caiu 2,0 p.p. ante o mesmo trimestre de 2022 (19,5%). Foi a menor taxa desde o trimestre móvel encerrado em dezembro de 2015. Já população subutilizada (20,0 milhões de pessoas) ficou estável no trimestre e recuou 11,6% no ano. É o menor contingente desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2016.

Além da taxa de desemprego, outro ponto é que a população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,4 milhões) cresceu 5,6% (mais 287 mil) no trimestre e caiu 9,1% (menos 546 mil) no ano. E a população fora da força de trabalho (66,6 milhões) ficou estável frente ao trimestre anterior e cresceu 2,7% (mais 1,7 milhões) ante o mesmo trimestre de 2022.

A população desalentada (3,4 milhões) caiu 6,0% ante o trimestre anterior (menos 220 mil pessoas) e 17,7% (menos 741 mil pessoas) no ano. Foi o menor contingente desde o trimestre encerrado em agosto de 2016. Já o percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,1%) caiu 0,2 p.p. no trimestre (3,3%) e recuou 0,6 p.p. no ano (3,7%).

Empregados com carteira assinada

O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 37,6 milhões, com alta de 1,7% (mais 620 mil) no trimestre e de 2,7% (mais 992 mil) no ano. É o maior contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2014. O número de empregados sem carteira no setor privado (13,3 milhões) ficou estável no trimestre e no ano. Já o número de trabalhadores por conta própria (25,6 milhões de pessoas) cresceu 1,3% (mais 317 mil) frente ao trimestre anterior e ficou estável na comparação anual.

O número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões) ficou estável nas duas comparações, assim como o número de empregadores (4,2 milhões) e a de empregados no setor público (12,1 milhões). A taxa de informalidade foi de 39,1% da população ocupada (ou 39,2 milhões de trabalhadores informais) contra 39,2% no trimestre anterior e 39,1% no mesmo trimestre de 2022.

Rendimento real habitual cresceu

O rendimento real habitual (R$ 2.999) cresceu 1,7% no trimestre e 3,9% no ano.
A massa de rendimento real habitual (R$ 295,7 bilhões) atingiu novo recorde da série histórica, crescendo 2,6% frente ao trimestre anterior e 4,7% na comparação anual.

Quanto ao rendimento médio real habitual frente ao trimestre móvel anterior, houve aumento nos seguintes grupamentos: Indústria (4,7%, ou mais R$ 132) Transporte, armazenagem e correio (4,1%, ou mais R$ 110) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1,9%, ou mais R$ 78). E houve redução em Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (3,3%, ou menos R$ 63) e Serviços domésticos (2,1%, ou menos R$ 24).

Já na comparação com o trimestre de agosto a outubro de 2022, houve aumento nas categorias: Indústria (6,6%, ou mais R$ 182), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (4,5%, ou mais R$ 107), Alojamento e alimentação (9,9%, ou mais R$ 179), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,1%, ou mais R$ 165) e Serviços domésticos (2,5%, ou mais R$ 27). Houve redução apenas no grupamento de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (4,8%, ou menos R$ 92).

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