Taxa de desemprego no Brasil alcança melhor patamar em 9 anos; veja números

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, incluindo trabalhadores domésticos, foi de 37,0 milhões, ficando estável frente ao trimestre anterior

Douglas Terenciano   Publicado em 31/08/2023, às 09h57 - Atualizado às 10h03

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Boa notícia! O IBGE divulgou nesta quinta-feira, 31, que a taxa de desocupação (7,9%) do trimestre de maio a julho de 2023 recuou 0,6 ponto percentual ponto percentual frente ao trimestre de fevereiro a abril de 2023 (8,5%) e caiu 1,2 ponto percentual ante o mesmo trimestre móvel de 2022 (9,1%). Essa foi a menor taxa de desocupação desde o trimestre móvel terminado em dezembro de 2022. As informações são da agência de notícias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Outro ponto importante é que esta é a menor taxa para um trimestre encerrado em julho desde 2014, quando o indicador ficou em 6,7%. Também é válido destacar que a população desocupada (8,5 milhões) recuou 6,3% (menos 573 mil pessoas) no trimestre e caiu 13,8% (menos 1,36 milhão de pessoas) no ano. Foi o menor contingente de desocupados desde o trimestre móvel terminado em junho de 2015.

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A população ocupada (99,3 milhões) cresceu 1,3% no trimestre (mais 1,3 milhão de pessoas) e 0,7% (mais 669 mil pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 56,8%, crescendo 0,6 ponto percentual frente ao trimestre de fevereiro a abril (56,2%) e ficando estável no ano.

Ainda de acordo com o IBGE, a taxa composta de subutilização (17,8%) recuou 0,7 ponto percentual frente ao trimestre anterior (18,4%) e caiu 3,1 pontos percentuais ante o trimestre encerrado em julho de 2022 (20,9%). A população subutilizada (20,3 milhões de pessoas) caiu 3,1% no trimestre e recuou 16,4% no ano. Foi o menor contingente dessa população desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2016.

A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,2 milhões) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 20,5% no ano. Já a população fora da força de trabalho (66,9 milhões) caiu 0,5% ante o trimestre anterior (menos 349 mil pessoas) e cresceu 3,4% (mais 2,2 milhões) na comparação anual.

A população desalentada (3,7 milhões de pessoas) ficou estável ante o trimestre anterior e caiu 13,4% (menos 568 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,3%) ficou estável no trimestre e caiu 0,5 ponto percentual no ano.

Empregados com ou sem carteira assinada

Já o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 37,0 milhões, ficando estável frente ao trimestre anterior e crescendo 3,4% (mais 1,2 milhão de pessoas) na comparação anual.

O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (13,2 milhões) cresceu 4,0% em relação ao trimestre anterior (mais 503 mil pessoas) e ficou estável no ano. O número de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 2,5% no ano (menos 637 mil pessoas).

Já o número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas) cresceu 3,3% ante o trimestre anterior e ficou estável frente ao trimestre encerrado em julho de 2022. O número de empregadores (4,2 milhões de pessoas) ficou estável nas duas comparações. E o número de empregados no setor público (12,3 milhões de pessoas) cresceu 2,6% frente ao trimestre anterior e ficou estável na comparação anual.

A taxa de informalidade foi de 39,1% da população ocupada (ou 38,9 milhões de trabalhadores informais) contra 38,9% no trimestre anterior e 39,8% no mesmo trimestre de 2022. Já o rendimento real habitual (R$ 2.935) ficou estável no trimestre e cresceu 5,1% no ano.

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