A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,8% no trimestre encerrado em julho de 2024, a menor desde 2012. Confira os detalhes e as análises do IBGE sobre o mercado de trabalho
Victor Meira Publicado em 30/08/2024, às 10h27
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (30) os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), revelando uma queda na taxa de desemprego no Brasil.
No trimestre encerrado em julho de 2024, a taxa de desemprego foi de 6,8%, uma redução de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre de fevereiro a abril (7,5%) e de 1,1 ponto percentual comparado ao mesmo período de 2023 (7,9%).
Este é o menor índice para um trimestre encerrado em junho desde o início da série histórica em 2012.
A população desocupada recuou para 7,4 milhões de pessoas, uma queda de 9,5% (menos 783 mil) no trimestre e de 12,8% (menos 1,1 milhão) em comparação anual. Este é o menor número de desocupados desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.
Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, comentou: “O trimestre encerrado em julho mantém os resultados favoráveis do mercado de trabalho que vinham sendo observados ao longo do ano, com queda da desocupação e expansão contínua do contingente de trabalhadores”.
O número total de trabalhadores atingiu um novo recorde, chegando a 102,0 milhões. Segundo o IBGE, esse contingente cresceu 1,2% (mais 1,2 milhão de pessoas) na comparação trimestral e aumentou 2,7% (mais 2,7 milhões de pessoas) no ano. Os dois principais segmentos da população ocupada também registraram recordes. Os empregados do setor privado chegaram a 52,5 milhões, maior contingente da série, crescendo 1,4% (mais 731 mil pessoas) no trimestre e 4,5% (mais 2,2 milhões de pessoas) no ano. Já os empregados do setor público atingiram o recorde de 12,7 milhões, com altas de 3,5% (424 mil pessoas) no trimestre e 3,6% (436 mil pessoas) no ano.
No setor privado, houve recordes tanto no número de empregados com carteira assinada quanto no contingente dos sem carteira de trabalho assinada: 38,5 milhões e 13,9 milhões, respectivamente. O grupamento de atividade que impulsionou a ocupação no setor privado foi o Comércio, com alta de 1,9% no trimestre, contribuindo com 368 mil novos trabalhadores para a população ocupada do país. No ano, esse grupamento cresceu 2,6%. No trimestre móvel encerrado em julho de 2024, o número de pessoas ocupadas no Comércio chegou a 19,3 milhões, recorde da série histórica da PNAD Contínua.
Adriana Beringuy destacou: “Parte expressiva da expansão da ocupação no comércio ocorreu por meio do emprego com carteira de trabalho assinada, o que contribui para a melhoria da cobertura de formalidade nessa atividade”.
No setor público, o recorde foi puxado pelos servidores públicos com e sem carteira de trabalho assinada, que também atingiram seus maiores contingentes na série histórica da PNAD Contínua: 1,6 milhão e 3,3 milhões, respectivamente. O número de servidores públicos sem carteira cresceu 7,4% na comparação trimestral, o equivalente a mais 227 mil pessoas. No ano, esse grupo cresceu 4,7%, ou mais 149 mil pessoas. Já o número dos servidores com carteira aumentou 10,6% (mais 151 mil pessoas) no trimestre e 13,6% (mais 190 mil pessoas) no ano.
Para a analista do IBGE, “a ocupação no setor público vem apresentando crescimento ao longo de 2024, principalmente entre os trabalhadores que atuam no segmento do ensino fundamental e na administração pública municipal”.
Ainda no setor público, o segmento dos militares e funcionários estatutários, que ingressam na profissão através de concursos, ficou estável nas duas comparações, permanecendo em 7,8 milhões, contingente inferior ao recorde desse grupo (8,4 milhões), atingido no trimestre encerrado em fevereiro de 2021.
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