O mercado valoriza os profissionais que conheçam as ferramentas de TI.
Redação Publicado em 04/07/2008, às 11h16
Para quem quer se enveredar pelo caminho da informática, não basta apenas e tão-somente conhecer a parte técnica. É preciso possuir um perfil eclético, ou seja, ser flexível para operar em diversas tarefas e em diversos cenários.
Ora pode estar em um escritório trabalhando com planilhas eletrônicas, ora pode estar em um ‘chão de fábrica’, programando robôs que montam carros. Ser autodidata e gostar de desafios é fundamental.
A característica desse meio é o dinamismo. A pessoa deve ter prazer em trabalhar, mesmo que isso exija um certo sacrifício pessoal. Caso o candidato faça questão absoluta dos seus sábados, domingos e feriados, livres de trabalho, é bom rever a intenção de trabalhar com informática.
"É necessário saber trabalhar em equipe, conviver com as pessoas, afinal não vai ficar só na frente de um computador. Vai ter que interagir com outros. Hoje, quando fazemos palestras em faculdades, mandamos um técnico. Então, é preciso saber se comunicar, também", ressalta Alexandre Ullmann, gerente da CPM Braxis (empresa da área de tecnologia), que complementa: "o inglês é a maior deficiência do profissional de TI. Maior até que técnica, eu diria. É necessário, pelo menos, nível intermediário".
Para Régis de Azevedo, analista de TI, a carência de conhecimento sobre inglês, juntamente com dificuldades na execução de tarefas de ordem técnica são os principais entraves na hora de contratar um profissional de TI na atualidade.
"A pessoa vai precisar ler manuais e livros nesse idioma. Também terá contato com pessoas de outras partes do mundo. Acho que falta tanto o conhecimento técnico quanto o inglês. A diferença é que, no caso do inglês, é mais fácil resolver. O investimento do aluno é menor. Além disso, as empresas oferecem treinamento da parte técnica", explica Azevedo.
O mais importante para um profissional da área, segundo Ulisses Ribeiro Silva Neto - coordenador do curso de Engenharia da Computação da Universidade São Judas Tadeu -, é ter uma boa formação. "Entendo por boa formação a capacidade de o profissional adaptar-se rapidamente à realidade da empresa, às ferramentas que ela utiliza. Também é importantíssima a atualização constante deste profissional. Ele nunca pode deixar de atualizar-se, pois as inovações neste mercado são constantes", resume.
Áreas de atuação
O profissional da área de TI pode trabalhar em uma gama de ações. Para Ullmann, estudantes de nível médio podem executar funções mais técnicas. "Pode trabalhar como Programador e, no futuro, chegar à posição de Desenvolvedor de Sistemas. As consultorias contratam muitos profissionais de nível médio, que devem obter formação em cursos técnicos profissionalizantes oferecidos pelo mercado", afirma.
Tanto para Silva quanto para Jorge Moskovitz, diretor comercial da BSA Brasil (fornecedora de soluções em TI) a formação de nível superior é essencial para quem quer ter êxito nesta carreira. "É fundamental fazer um curso de nível superior, pois quem faz apenas cursos de, por exemplo, 100 horas, fica limitado a alguns tipos de ferramenta. Hoje o mercado busca profissionais que se adeqüem mais rapidamente às ferramentas utilizadas pelas empresas, necessidade esta que, basicamente, os cursos de nível superior são capazes de suprir", garante o Coordenador. "Às vezes é necessário que o recém-formado seja treinado pela empresa que acaba de contratá-lo, mas é aí que entra sua rápida capacidade de adaptação", complementa ele.
"Também recomendo uma faculdade", concorda Ullmann. "O ensino superior é interessante em termos de desenvolvimento intelectual. Além disso, abre mais possibilidades na carreira, podendo se tornar gerente de projetos, trabalhar como gestor, ou mesmo ir para a área comercial, onde terá a função de acompanhar as necessidades dos clientes, especificidades técnicas", diz.
Assim como é imensa a variedade de funções em TI, também é grande a oferta de tipos de empresas que podem absorver essa mão-de-obra. Basicamente, toda e qualquer empresa que trabalha com um sistema informatizado.
É um setor com fartura de vagas e, ao mesmo tempo carência de mão-de-obra qualificada, conforme explica o analista de TI, Régis de Azevedo.
"Existem muitas vagas para profissionais de tecnologia. Falta qualificação. Ter ensino superior nem é tão fundamental. É válido, mas o importante mesmo é conhecer as ferramentas, aquilo que o mercado exige. Por isso, basta realizar cursos específicos. Também recomendo obter certificações nas diversas tecnologias", diz o analista.
Para informações sobre a formação em TI, acesse este link.
Clique aqui pra consultar as vagas disponíveis no mercado nessa área.
Cristiane Navarro Vaz
e Rogerio Jovaneli