Tecnologia Oftálmica

Alta demanda por profissionais

Redação   Publicado em 20/07/2007, às 14h20

Pioneiro na área tecnológica de Saúde no País, curso tem por objetivo formar profissionais de nível superior para colaborar com Oftalmologistas no desempenho de funções de avaliação, prevenção e pesquisa de problemas oftalmológicos. Remuneração para quem atua no setor varia de cinco a 10 salários mínimos


Uma das carreiras oferecidas no Vestibular 2008 – cujas inscrições começam em 17 de setembro deste ano –, o curso de Tecnologia Oftálmica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), idealizado por docentes do Departamento de Oftalmologia da instituição em 1997, tem por objetivo formar profissionais de nível superior preparados para colaborar com Oftalmologistas no desempenho de funções de avaliação, prevenção e pesquisa de problemas oftalmológicos.

Com duração de quatro anos, o curso é oferecido no horário das 8 às 13 horas, com ingresso único para a graduação tecnológica. "Após cursar o ciclo básico de dois anos, o aluno fará a escolha de uma dentre as habilitações oferecidas: Oftálmica - 16 vagas ou Radiológica - 9 vagas. A escolha respeitará uma ordem de classificação baseada no aproveitamento das disciplinas no ciclo básico.

Essa sistemática permitirá que o ingressante faça uma escolha mais fundamentada da habilitação, após dois anos de amadurecimento e convivência na universidade", explica a diretora acadêmica do curso, Profa. Dra. Adriana Berezovsky.

Na Unifesp, além de cursar a modalidade, os estudantes podem beneficiar-se da infra-estrutura da universidade, com acesso à mais alta tecnologia, professores qualificados e podendo conviver com estudantes de medicina, enfermagem, fonoaudiologia e biomedicina.

"O nosso curso de Tecnologia Oftálmica é considerado pioneiro na área tecnológica de Saúde no País e o mercado de trabalho tem alta demanda por esses profissionais. Os tecnólogos oftálmicos costumam ser contratados por hospitais, clínicas e consultórios oftalmológicos. O mercado tem sido muito receptivo", afirma Adriana. E complementa: "nesses locais de trabalho citados, sempre sob a supervisão de um Oftalmologista, eles ajudam no diagnóstico, podem trabalhar como instrumentadores cirúrgicos, na adaptação de lentes de contato, em reabilitação visual entre outras áreas".

Curso

De acordo com a diretora acadêmica, os cursos de formação de tecnólogos na Unifesp têm um ciclo básico de dois anos, em que os alunos recebem formação nas áreas de humanas, exatas e biologia médica fundamentada para o exercício da futura profissão, e dois anos de um ciclo profissionalizante, com carga horária total de 3.600 horas.

Durante o curso, os alunos participam de estágios no próprio Departamento de Oftalmologia da Unifesp, momento em que passam à parte prática. "Os estudantes também desenvolvem atividades externas. Atuam em um projeto de medida da visão, participam de ações preventivas, em instituições para deficientes visuais, em reabilitação visual, e também podem fazer estágios optativos em empresas de produtos oftalmológicos", destaca Adriana.

"Ao final da formação básica, os estudantes entram na área clínica para estudar os conteúdos específicos, uma vez que o foco do curso é a saúde humana. No último semestre, os alunos fazem estágio curricular em empresas e hospitais credenciados, aproximando-se do mercado de trabalho", completa a educadora.

Além do estágio curricular obrigatório, o aluno interessado pode, desde o primeiro ano do curso, se envolver em atividades de iniciação científica, participando de projetos de pesquisa.

"Alguns formados em Tecnologia Oftálmica atuam em indústrias e em empresas de aparelhos oftalmológicos. Isso tem crescido muito nos últimos anos. Os profissionais desse segmento ainda podem fazer pós-graduação stricto e lato sensu, continuando seus estudos dentro ou fora da instituição. A remuneração para quem atua nessa área varia de cinco a 10 salários mínimos", finaliza Adriana.


Rogerio Jovaneli/SP