Projeto ambicioso entre Brasil e Peru pode reduzir a dependência dos portos do Atlântico e abrir rotas comerciais com a China
A Rodovia Interoceânica Sul, que liga o estado do Acre ao litoral do Peru, é uma das mais estratégicas obras de infraestrutura da América do Sul. Mais do que uma estrada, ela representa uma nova rota comercial para o Brasil, encurtando caminhos até os mercados da Ásia e integrando o continente sul-americano.
A rodovia começou a ser construída nos anos 2000 com apoio dos governos do Brasil e Peru. O objetivo era criar uma conexão terrestre entre o oeste brasileiro e os portos do Oceano Pacífico, facilitando a exportação de grãos, carne e outros produtos brasileiros.
Ao reduzir a dependência dos portos do Atlântico, especialmente os do Sudeste, o Brasil ganha em tempo e competitividade para acessar mercados asiáticos como China, Japão e Coreia do Sul. Regiões produtoras como o Centro-Oeste e o Norte podem se beneficiar diretamente da nova rota, sobretudo no escoamento de soja e milho.
Apesar do potencial, a Transoceânica enfrenta gargalos de infraestrutura, como trechos inacabados ou danificados, além de preocupações ambientais em áreas da floresta amazônica. Também há desafios diplomáticos, com necessidade de maior cooperação aduaneira e investimentos binacionais.
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A estrada reforça a integração sul-americana e insere o Brasil em um contexto estratégico de disputa por rotas comerciais com a Ásia. Em um cenário de tensões entre EUA e China, ter acesso ao Pacífico por terra amplia a autonomia comercial do país e pode fortalecer sua presença internacional.
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