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Armas nucleares no Irã: como começou a disputa e por que o programa preocupa o mundo

O embate entre Teerã e o Ocidente se arrasta desde os anos 2000 e pode definir o futuro da segurança global

Armas Nucleares Irã
Armas Nucleares Irã - JC Concursos

Maia Santos

redacao@jcconcursos.com.br

Publicado em 26/06/2025, às 09h34

O programa nuclear iraniano é um dos assuntos mais delicados da geopolítica mundial. A desconfiança de que o Irã possa produzir armas nucleares mobiliza potências ocidentais há décadas e influencia diretamente a estabilidade do Oriente Médio. Para compreender o atual cenário, é preciso voltar no tempo e analisar as origens e reviravoltas que marcaram essa disputa internacional.

As origens do programa nuclear iraniano

O Irã iniciou seu programa nuclear nos anos 1950, com apoio dos Estados Unidos, no contexto do programa 'Átomos para a Paz'. O objetivo era o desenvolvimento de energia nuclear para fins civis. No entanto, após a Revolução Islâmica de 1979, os acordos foram suspensos e o programa passou a operar com menor transparência.

Suspeitas, sanções e o acordo nuclear de 2015

A partir dos anos 2000, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) começou a identificar irregularidades e possível militarização do programa iraniano. Em resposta, o Conselho de Segurança da ONU impôs sanções econômicas. Em 2015, foi assinado o Acordo Nuclear (JCPOA), que limitava o enriquecimento de urânio em troca de alívio nas sanções. Contudo, os EUA se retiraram unilateralmente do acordo em 2018, sob o governo Trump.

A retomada do enriquecimento e tensões recentes

Após a saída dos EUA do JCPOA, o Irã retomou progressivamente o enriquecimento de urânio em níveis mais altos. Israel acusa o país de estar próximo de produzir armamentos nucleares. Arábia Saudita, aliados europeus e até o Brasil acompanham com cautela, devido ao impacto no fornecimento global de petróleo e fertilizantes.

O impacto global e os riscos para o Brasil

Embora distante geograficamente, o Brasil é afetado pelas tensões nucleares no Oriente Médio. Conflitos na região elevam o preço do petróleo, aumentam o custo do transporte marítimo e afetam o comércio de fertilizantes, dos quais o Irã é fornecedor. Além disso, o Brasil mantém uma política externa de equilíbrio e diálogo multilateral no âmbito da ONU.

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