Soja, minério de ferro, carnes e tecnologia conectam Brasília a Pequim como nunca antes, influenciando inflação, empregos e política externa
A China é, desde 2009, o maior parceiro comercial do Brasil. Essa relação bilateral movimenta bilhões de dólares por ano e afeta diretamente a economia brasileira. Desde os alimentos que chegam à mesa até os eletrônicos utilizados no dia a dia, a interdependência entre os dois países influencia preços, empregos, investimentos e decisões diplomáticas. Entender essa dinâmica é essencial para quem acompanha política econômica e atualidades.
O intercâmbio entre Brasil e China ganhou força nos anos 1990, com o crescimento chinês acelerado e o interesse por matérias-primas. Nos anos 2000, os dois países se aproximaram ainda mais com a criação do grupo BRICS, ampliando parcerias comerciais, tecnológicas e diplomáticas.
Mais de 30% das exportações brasileiras têm como destino a China, sendo soja, minério de ferro, petróleo e carne os principais produtos. Essa demanda garante superávit comercial ao Brasil, mas também o torna vulnerável a oscilações da economia chinesa e às decisões do governo de Pequim sobre importações.
Além de exportar commodities, o Brasil importa da China produtos industrializados e estratégicos, como fertilizantes, componentes eletrônicos, máquinas e equipamentos. Isso faz com que o custo de vida no Brasil, principalmente no setor agrícola e de tecnologia, seja diretamente afetado pela relação cambial e pelo comércio com a Ásia.
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A relação com a China influencia decisões diplomáticas, votos em organismos internacionais e a condução da política externa brasileira. Internamente, o comércio sino-brasileiro afeta a inflação, o nível de emprego em setores do agronegócio e o ritmo das exportações. Qualquer desaceleração na China tende a reduzir a arrecadação brasileira e pressionar o câmbio e os preços domésticos.
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