Como o dólar se tornou a moeda mais poderosa do mundo? Entenda

O dólar dos Estados Unidos é mais do que uma moeda nacional: é a principal referência da economia global. Seja no preço do barril de petróleo, no valor da soja brasileira ou nas reservas dos bancos centrais, o dólar dita regras. Sua ascensão começou após a Segunda Guerra Mundial e molda até hoje o cotidiano econômico de países como o Brasil.

O Acordo de Bretton Woods e o nascimento da moeda global

Em 1944, representantes de 44 países reuniram-se em Bretton Woods, nos EUA, para definir a nova ordem financeira mundial. Ficou estabelecido que o dólar teria lastro em ouro e serviria como moeda de conversão internacional. Assim, o dólar passou a ocupar o papel que antes era da libra esterlina no comércio global.

O fim do padrão ouro e a consolidação do dólar

Em 1971, os EUA romperam com o padrão ouro, permitindo a flutuação da moeda. Mesmo sem lastro, o dólar manteve sua importância devido à confiança no sistema financeiro americano, ao tamanho da economia dos EUA e à sua influência geopolítica. A maior parte das transações comerciais globais continua sendo feita em dólar.

Por que tudo gira em torno do dólar

Commodities como petróleo, soja, minério de ferro e trigo são cotadas em dólar nos mercados internacionais. Empresas que importam ou exportam dependem da cotação do dólar para formar preços, o que afeta diretamente o custo de vida. O dólar também influencia taxas de juros, inflação e decisões de investimento no Brasil.

Impactos diretos no Brasil

Quando o dólar sobe, produtos importados ficam mais caros, o que pressiona a inflação. Além disso, muitos fertilizantes e insumos usados no agronegócio brasileiro são cotados em dólar, elevando o custo de produção. A arrecadação do governo e o orçamento são diretamente influenciados por essas oscilações cambiais.