Você sabia que gírias da geração Z, como “crush” e “gaga”, já estão nos dicionários? Entenda como isso afeta o uso da língua e descubra se esses termos podem ser usados em redações de provas
“Crush”, “gaga”, “braba” e “ranço” não são apenas modismos passageiros da internet — essas gírias da geração Z entraram oficialmente nos dicionários brasileiros. E não é só isso: o uso delas já começa a influenciar a forma como falamos, escrevemos e até como somos avaliados em provas.
A atualização de dicionários, como o Michaelis, incorporando termos usados majoritariamente por jovens nas redes sociais, reflete um fenômeno antigo: a língua está viva e muda conforme a sociedade evolui. Só que agora, com a velocidade das redes, essas mudanças acontecem muito mais rápido.
A presença das chamadas gírias da geração Z no dicionário tem uma explicação simples: elas são amplamente usadas, compreendidas e documentadas. Para que um termo seja incluído oficialmente, não basta estar “na moda”. Ele precisa cumprir alguns critérios linguísticos:
Foi assim que “crush” (paixão platônica), “braba” (algo muito bom ou alguém muito respeitado) e “gaga” (pessoa deslumbrada ou apaixonada) ganharam espaço como palavras “oficiais”.
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Esses termos surgem, geralmente, no contexto digital: memes, vídeos curtos, fandoms, realities e redes sociais como TikTok e Twitter. De tanto serem repetidas, acabam transbordando para a fala cotidiana e, eventualmente, chegam à linguagem escrita informal — e ao dicionário.
Com a popularização das gírias da geração Z no dicionário, muitos estudantes se perguntam: será que posso usar esses termos na redação do Enem ou em concursos?
A resposta é: depende do tipo de texto. Redações formais exigem linguagem culta, mesmo que algumas palavras estejam oficialmente registradas. Veja dicas para não escorregar:
A entrada de termos da geração Z nos dicionários também levanta um debate importante: como a escola e os professores devem lidar com essa mudança?
Especialistas afirmam que o ideal é não criminalizar o uso da linguagem jovem, mas sim ensinar os alunos a identificar os diferentes registros linguísticos — e quando usar cada um. Saber alternar entre a linguagem das redes e a norma culta é uma competência valiosa no mercado de trabalho e em exames.
Por isso, mais do que criticar o “crush” ou o “ranço”, educadores precisam mostrar o valor da versatilidade linguística — algo que, aliás, só se aprende com leitura, prática e consciência do contexto.
O fato de gírias da geração Z estarem agora em dicionários mostra como a linguagem está cada vez mais conectada com o cotidiano digital. Mas isso não significa que elas podem ser usadas livremente em qualquer situação, especialmente em provas de redação.
Saber equilibrar criatividade e norma culta é o que diferencia uma boa redação de uma excelente — e, claro, estar sempre atualizado com o que está mudando na nossa forma de falar e escrever.
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