De chips a equipamentos médicos, a dependência externa limita a soberania econômica e impede avanços em setores estratégicos

Mesmo sendo uma das maiores economias do mundo em termos de PIB, o Brasil ainda depende fortemente da importação de produtos industrializados. De semicondutores a equipamentos hospitalares, essa dependência compromete o desenvolvimento tecnológico e a soberania econômica do país. Entender as razões históricas e os impactos atuais dessa fragilidade é essencial para planejar um futuro mais autônomo.
Nas décadas de 1980 e 1990, o Brasil passou por um processo de abertura comercial sem uma política industrial robusta que fortalecesse sua base tecnológica. A crise da dívida externa, aliada à inflação e políticas de ajuste fiscal, enfraqueceu a indústria nacional, abrindo espaço para a concorrência internacional.
O baixo investimento em pesquisa e desenvolvimento, a burocracia e a infraestrutura deficiente dificultam a competitividade da indústria nacional. Como resultado, setores estratégicos como tecnologia da informação, saúde e defesa continuam dependentes de fornecedores externos.
Importar produtos industrializados em grande escala afeta a balança comercial, aumenta a vulnerabilidade cambial e encarece o consumo interno. Além disso, impede a geração de empregos qualificados e limita a participação do Brasil nas cadeias globais de valor.
LEIA TAMBÉM
Para reverter esse quadro, especialistas defendem uma política industrial moderna, com incentivos à inovação, parcerias público-privadas e apoio às startups tecnológicas. O Brasil também precisa investir em educação técnica, infraestrutura e reduzir o chamado 'Custo Brasil' para tornar-se competitivo no cenário global.
Mais de 5 mil cidades no Brasil!
+ Mais Lidas
JC Concursos - Jornal dos Concursos. Imparcial, independente, completo.