Corredor marítimo que liga o Golfo Pérsico ao oceano controla 20% do petróleo global e é alvo constante de ameaças militares e diplomáticas
O Estreito de Ormuz, com apenas 39 km de largura no ponto mais estreito, é considerado o gargalo marítimo mais estratégico do mundo. Cerca de um quinto do petróleo consumido globalmente passa por ali todos os dias. É também o epicentro de disputas envolvendo o Irã, os Estados Unidos, Israel e países do Golfo Pérsico. A estabilidade da região influencia diretamente os mercados internacionais e o custo da energia em países como o Brasil.
Situado entre o Irã e os Emirados Árabes Unidos, o Estreito de Ormuz conecta o Golfo Pérsico ao Mar de Omã e ao oceano Índico. É a única rota marítima de exportação para o petróleo de países como Arábia Saudita, Kuwait, Catar e Iraque. Qualquer bloqueio nessa passagem causa impactos imediatos no preço do barril no mercado internacional.
Desde a Revolução Islâmica no Irã em 1979, o estreito tem sido palco de tensões recorrentes. Durante a Guerra Irã-Iraque, na década de 1980, navios petroleiros foram alvos de ataques. Mais recentemente, o Irã ameaçou bloquear o tráfego naval em resposta a sanções dos EUA e confrontos com Israel no entorno do Golfo.
Os EUA mantêm presença militar constante na região, alegando garantir a segurança da navegação. Israel vê o Irã como ameaça existencial e apoia iniciativas de contenção ao avanço iraniano. Arábia Saudita, por sua vez, disputa a liderança regional e teme que o controle do estreito por Teerã afete seus interesses econômicos e políticos.
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Qualquer crise no Estreito de Ormuz eleva os preços do petróleo e afeta países importadores como o Brasil, pressionando o custo do diesel e da gasolina. Além disso, fertilizantes e derivados de petróleo também são impactados, com efeitos diretos na cadeia agrícola e na inflação brasileira.
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