Você sabe quem foi o primeiro brasileiro a ser alfabetizado? Entenda a origem do ensino no Brasil e o papel dos jesuítas

A alfabetização no Brasil começou de forma formal com a chegada dos colonizadores portugueses e, principalmente, com os jesuítas. Mas afinal, quem foi a primeira pessoa alfabetizada no território brasileiro? Essa pergunta nos leva a revisitar os primórdios do sistema educacional no país, marcado pela catequese indígena e pela ausência de uma política pública voltada à educação.
Os jesuítas chegaram ao Brasil em 1549, liderados por Manuel da Nóbrega. Sua missão era catequizar os indígenas e, para isso, ensinaram a ler e escrever. Os primeiros alfabetizados no país foram, em sua maioria, crianças indígenas que aprenderam tanto o português quanto o latim e o tupi — a língua falada pelos nativos. A alfabetização tinha um caráter religioso, mas também lançou as bases do ensino no Brasil.
Embora não haja registros nominais oficiais, os documentos históricos indicam que os primeiros estudantes alfabetizados foram filhos de caciques e líderes indígenas que frequentaram os colégios jesuítas na Bahia e em São Vicente. O Colégio dos Jesuítas de Salvador, fundado em 1550, é apontado como a primeira escola formal do Brasil. Lá foram formadas as primeiras turmas que sabiam ler e escrever com fluência.
- As aulas eram ministradas em latim e tupi, além do português.- Os jesuítas usavam livros trazidos da Europa e cartilhas manuscritas.- O método de ensino era baseado na repetição, disciplina e memorização.- Os alunos tinham entre 7 e 15 anos e também aprendiam música e religião.
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A influência dos jesuítas perdura até hoje na estrutura do ensino brasileiro. Apesar da educação naquela época ser voltada a poucos, foi a partir dessas primeiras escolas que o país iniciou a formação de professores e a valorização da alfabetização. O ensino só se expandiu para além da elite no século XIX, com as primeiras políticas públicas do Império.
A primeira pessoa alfabetizada no Brasil não teve seu nome registrado na história, mas o impacto dos primeiros ensinos permanece vivo. Ao entender como se deu o processo de alfabetização no Brasil colonial, conseguimos valorizar o papel da educação como ferramenta de transformação social e cultural.
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