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A boa educação

Aprender a estudar é o pré-requisito indispensável à boa educação.

Redação
Publicado em 07/08/2009, às 15h52

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No momento em que as atenções do governo brasileiro se voltam, prioritariamente, para a educação, como resposta, ao subdesenvolvimento econômico e político, faz-se necessário debater com crianças, jovens e adultos em relação aos estudos.

O baixo índice de leitura, no País, está diretamente relacionado à insuficiência da preparação dos jovens em seu aprendizado na arte de ler, entender e escrever corretamente.

Infelizmente, no Brasil, não se cultivou o saudável hábito cultural de despertar nos estudantes, desde o momento em que iniciam seus estudos até sua conclusão acadêmica, a consciência de que, ao se dirigirem às escolas, para o aprendizado, estão como os demais trabalhadores, trabalhando.

Estudar é trabalhar. E trabalho, em qualquer atividade humana, requer disciplina, responsabilidade, organização física e mental, de modo a gerar eficácia de resultados. Uma empresa ou um governo que não se estrutura profissionalmente e se mantém relapso em suas atividades colherá, tão- somente, fracassos. É a lei da vida.

Aprender a estudar é o pré-requisito indispensável à boa educação. Como, lamentavelmente, não se cuidou e, ainda, não se cuida de despertar o sentimento no ato de estudar, o estudante deixa de ver o estudo como trabalho. Interpreta-o erroneamente como algo separado do trabalho efetivo e não parte de um mesmo processo de conhecimento. Essa falta de consciência cria um viés prejudicial: o estudo passa a ser sentido como sacrifício que o estudante faz para cumprir suas obrigações. Entretanto, ele deve ser uma tarefa cultural prazerosa, que tem por fim elevar a humanidade à sua essência humana, consciente de si, confiante em si e determinada a evoluir por si mesma, soberanamente.

Esse vício do sistema educacional brasileiro, carente do verdadeiro despertar de que o treinamento do conhecimento proporciona valor que se aprimora, na potencialização da mente, predomina, durante a preparação do estudante em todo o ciclo escolar. O despertar ocorre, justamente, quando o novo ou a nova formanda, ao sair da universidade, tem diante de si um mercado de trabalho ameaçador a ser conquistado em meio à elevada concorrência e à exigência da necessária qualificação profissional, indispensável ao alcance da competitividade e obtenção da sonhada vaga.

Nesse sentido, faz-se justiça reconhecer o papel dos cursos preparatórios para concursos como promotores de elevada função social da cidadania, pois esses cursos despertam nos estudantes o espírito profissional. Neles, todos são obrigados a encarar a realidade em sua inteira dualidade - o positivo e o negativo, o singular e o plural, o masculino e o feminino, a noite e o dia, em sua interatividade dialética. Trata-se de alcançar grau elevado de conscientização do potencial humano e elevá-lo à sua própria equipotência exponencial.

A Constituição de 1988 prestou, entre inúmeras contribuições fundamentais, extraordinário progresso para o espírito de cidadania, ao consagrar a realização de concursos para preenchimento dos cargos e empregos públicos. A necessária preparação física e intelectual que se é obrigado a adquirir para alcançar o objetivo - o cargo ou emprego público, a liberdade, acompanhada da segurança da estabilidade - exige profissionalização.

O papel dos cursos preparatórios representa contribuição cidadã, porque, no ato de se preparar, os estudantes se tornam profissionais do estudo. A função social da preparação atua como instrumento indispensável capaz de viabilizar efetiva política educacional, cujo resultado será a geração de um mercado de trabalho competitivo e com talentos potencializados. Promove-se, com isso, mais rapidamente, mais determinadamente, a inserção competitiva do Brasil no cenário globalizado, gerando investimento, renda, emprego, consumo, bem-estar social e melhor qualidade de vida para a população. Dessa forma, constrói-se um dos vértices da justiça social, que atendem adequadamente o cidadão-cliente. 


José Wilson Granjeiro
Diretor-Presidente do Grupo Gran Cursos

www.professorgranjeiro.com

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