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A todo vapor

Sylvio José Micelli Júnior é funcionário público e jornalista. Hoje é escrevente concursado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Redação
Publicado em 15/10/2010, às 15h45

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“Às vezes, trabalho de segunda a segunda. Vivo na internet por horas”, afirma Sylvio José Micelli Júnior, 39 anos, funcionário público e jornalista. E que ninguém duvide do que ele diz, pois basta listar suas atribuições para se constatar que ele realmente não está exagerando. Escrevente concursado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ/SP), Sylvio Micelli – seu nome de guerra –está afastado do órgão para desempenhar a função de 1º secretário na diretoria da Associação dos Servidores do Tribunal de Justiça (Assetj). Ali, ele responde pela área de comunicação da entidade, que inclui, entre outras coisas, a publicação do jornal da Assetj. Mas, as coisas não param por aí. Simultaneamente, Micelli preside a Comissão Consultiva Mista do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe); é o diretor de imprensa da Federação das Entidades de Servidores Públicos do Estado de São Paulo (FESPESP) e da Federação Nacional dos Servidores do Poder Judiciário dos Estados e Distrito Federal (FENASJ); atua como responsável pela área de comunicação da Associação Nacional dos Servidores do Poder Judiciário (ANSJ) e ainda é membro da Assessoria Político-Parlamentar da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP). Depois de dez segundos concedidos ao leitor para que recupere o fôlego, há que se completar seu extenso currículo, citando a recém-conquistada coordenação na Comissão Permanente e Aberta dos Jornalistas em Assessoria de Comunicação (CPAJAC), do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP). “Também sou fanático pelas redes sociais e estou no orkut, facebook, twitter e mantenho um blog na internet, em que, além de funcionalismo público e jornalismo, escrevo sobre um pouco de tudo, de política ao Corinthians”, complementa Micelli.

Esta rotina frenética e engajada talvez pudesse ser prevista há algum tempo, na adolescência. Aos 16 anos, Micelli se envolveu nas movimentações estudantis no colégio e, no primeiro ano da faculdade de jornalismo, participava das reuniões do diretório acadêmico. Já o talento para a comunicação despontou ainda mais cedo, quando ele era criança. “Sonhava em ser jornalista aos cinco anos. Pegava pedaços de papel que minha mãe costurava e lá escrevia ‘notícias’ que ouvia no rádio e via na TV. Sempre fui um apaixonado por informação”.

A decisão em ingressar no funcionalismo surgiu da necessidade de trabalhar. Em 1991, resolveu prestar dois concursos, da Prefeitura de São Bernardo do Campo e do TJ, conseguiu a aprovação em ambos e optou pelo tribunal pela facilidade de acesso. Assim que assumiu o cargo, associou-se à Assetj por acreditar na importância de trabalhar pela categoria profissional na qual acabava de ingressar. A conclusão do curso de jornalismo ocorreu somente em 1996, quando Micelli já trabalhava como escrevente. Com o claro objetivo de atuar na área em que havia se graduado, Micelli tentou ser transferido para a assessoria de comunicação do TJ, mas não conseguiu, pois os cargos do setor eram comissionados. Foi em 1998 que uma oportunidade apareceu à sua frente. “Li um anúncio no jornal da Assetj que pedia a colaboração de quem quisesse escrever. Fui até lá, participei de algumas reuniões e, um ano depois, fui eleito para a diretoria executiva. De lá para cá, já são quatro reeleições. Desde o início, assumi a responsabilidade pelo mesmo jornal que me levou para lá. Coisas da vida”, reflete.

Durante toda a trajetória, o servidor não abandonou o lado concurseiro, participou de algumas seleções, passou em algumas, em outras foi reprovado. A última experiência foi o processo seletivo do Ministério Público da União (MPU) e ele garante que, se surgir algo que valha a pena sair do TJ, assume o novo cargo sem problemas. O futuro imaginado por ele não reserva espaço apenas para os concursos e editais, Micelli ainda planeja ter tempo para cuidar mais da esposa e dos dois filhos, escrever um livro, trabalhar em rádio e dar aulas na área de comunicação ou política. “O mais importante é permanecer sendo útil, quer seja no funcionalismo quer seja no jornalismo”. Por enquanto, o que já está certo é a permanência dele na Assetj, para continuar a luta em prol dos servidores judiciários.   

Talita Fusco

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