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Por trás de um grande homem existe... uma profissional

Assessora profissional e particular do cantor Cauby Peixoto, Nancy Lara conta sobre sua experiência profissional e empreendedora, seu dia a dia e seus planos para o futuro

Redação
Publicado em 14/12/2012, às 16h53

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O palco se ilumina. De trás, surge um cantor de 81 anos de idade que, desde criança, contribui com a história da música nacional e internacional. Na década de 50, chegou a ser chamado de “Elvis Presley brasileiro”. No repertório, canções que levaram ao delírio milhares de fãs - em grande parte, mulheres que, reza a lenda, chegavam a desmaiar em seu show. Refrão a refrão, entoavam sucessos como “Blue Gardenia”, “Bastidores” e a eterna “Conceição”.

Estamos falando dele, Cauby Peixoto, que apesar de sua indiscutível participação no cenário musical brasileiro, não é nosso entrevistado desta semana, mas sim sua assessora profissional e particular, Nancy Lara. É impossível contar sua história sem falar do Cauby, que é presença na vida dela 24 horas por dia.

Tudo começou em um show do Cauby, há doze anos. Nancy, de 64 anos - ela diz não ter problema em falar a idade - que também é um exemplo das fãs citadas no começo do texto, acompanhava mais uma das diversas apresentações do cantor. “Sou fã desde os sete anos, influenciada pelos meus pais. Cresci acostumada a ouvir música de qualidade e, desde 1986, acompanhava os shows do Cauby sempre que podia”.

Mal imaginava ela que, ao mesmo tempo em que via o cantor, também era observada por ele. Até que, naquela noite, foi convidada pela produção a ir até seu camarim, conhecê-lo. “Achei que era trote. Desconfiei muito, nunca poderia imaginar. Mas depois vi que ele até sabia meu nome”, relata. A surpresa foi tão grande que mal conseguiu contar a história aos amigos que a acompanhavam no show.

Mas não parou por aí. Ela foi surpreendida com um telefonema do cantor em casa, convidando-a a ir a um show particular. Também duvidou, mas foi incentivada pelo marido. “Ele me disse para arriscar. Ir lá e conferir, enquanto ele ficava no carro. No fim, constatei que era verdade”. Depois da apresentação, veio o convite oficial, para que ela trabalhasse ajudando-o pessoalmente, como assessora.

“Ele teve um problema com a secretária anterior. Foi tudo muito novo, por acaso. Eu nunca havia feito trabalho semelhante antes. Fiquei honrada com o convite, mas com muito medo, porque ele é uma pessoa pública”. Nancy então se viu obrigada a se aprimorar na função. Buscou conhecer todos os passos na preparação de shows, figurinos e outros. “Quando você quer, você aprende, ainda mais quando você gosta do trabalho”.

Nascida em São Paulo, se interessou cedo pelo mercado de trabalho, com 13 anos. “Quis começar a trabalhar, porque queria ter meu próprio dinheiro. Meu pai era engenheiro e disse que eu não precisava daquilo, mas fiz questão”, conta. Correu atrás, mas sempre que arranjava um, o pai botava defeito. Até que conseguiu ser datilógrafa em uma mineradora. Em pouco tempo, foi indicada por alguém dali a trabalhar na Fundação para o Livro do Cego no Brasil, de onde saiu pouco tempo depois porque não se habituou ao trabalho. Foi recepcionista em uma empresa de saúde, até que entrou como datilógrafa em uma companhia de gás.

Ali, trabalhou por oito anos. Foi promovida à secretária do diretor comercial, cargo ocupado pelo então deputado estadual Horácio Ortiz, falecido em 2007. “Sempre tive muita facilidade de lidar com o público. Você aprende a identificar as pessoas”, diz. Tempos depois, decidiu se dedicar à família e se mudou para o Rio de Janeiro, onde abriu uma empresa de congelados e, mais tarde, de cestas de café da manhã. Trabalhou dez anos até que seu destino cruzou com o de Cauby Peixoto. Hoje, está em São Paulo novamente.

“Somos muito amigos”, explica Nancy, que é responsável pela agenda, figurino, cenários, montagem dos palcos, repertório, entre outros. “Aprendi tudo trabalhando no dia a dia. Nunca parei. Em todo tipo de trabalho, acho que temos que ter humildade, aprender com quem tem mais experiência e reconhecer quando não estamos aptos a desempenhar uma função”, afirma.

Para o futuro, ela diz que poderá abrir uma agência especializada em assessorar artistas. “Não tenho nenhum plano concreto, mas é algo que gostaria de fazer, caso um dia deixe de trabalhar com o Cauby”. Mas ela reforça que não quer isso agora e só mudaria se o cantor optasse por não contar mais com sua companhia. “Sempre estou procurando novidades. Para ter sucesso, a gente tem que fazer o que gosta e correr atrás das oportunidades”, finaliza.

George Corrêa

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