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Concurso promove igualdade salarial

Paulo de Freitas discorre sobre a igualdade salarial entre homens e mulheres em processos seletivos

Redação
Publicado em 11/03/2013, às 13h22

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Paulo de Freitas

No último dia 8 de março aconteceu a comemoração do Dia Internacional da Mulher. Como sempre ocorre nesta ocasião, a mídia deu a devida importância à data, demonstrando o valor das mulheres e suas conquistas em vários segmentos da sociedade. Infelizmente, os festejos não foram apenas marcados por elogios e homenagens. O Ministério do Trabalho divulgou no final de janeiro dados indicando que o salário médio inicial mulheres no Brasil é inferior ao dos homens.  Enquanto o salário médio inicial os homens foi de R$ 1.067,66 no ano passado, a média salarial das mulheres foi de R$ 917,87.

O mais estranho é que outro levantamento feito pelo IBGE, anunciado no final do ano passado, aponta que as mulheres economicamente ativas, com dez anos ou mais de idade, têm, em média, 7,3 anos de estudo. Os homens ficam atrás, com 7,1 anos. Na média geral, a população brasileira tem 7,5 anos de estudo. Dados do Censo de 2010 apontaram também que percentual de mulheres com nível superior é maior que o dos homens. Entre o total de pessoas com 25 anos ou mais, 12,5% das mulheres e 9,9% homens tinham pelo menos o nível superior completo.

Resumindo todas as informações acima, chegamos à conclusão de que, apesar das mulheres estudarem mais, elas ganham muito menos do que os homens, mesmo exercendo funções semelhantes. Ainda que essa diferença caia ano após ano, vai demorar um pouco para que a situação fique equilibrada. Ou seja, na iniciativa privada as mulheres terão de ter paciência para se igualar aos homens, em relação na questão salarial.

A questão da diferença salarial entre homens e mulheres reforça a tese de que concurso público é a forma mais democrática do trabalhador se inserir no mercado de trabalho. Infelizmente, ainda há muito preconceito no momento de se contratar. E não são apenas as mulheres que passam por essa situação. Jovens sem experiência e pessoas com mais de quarenta anos também tem dificuldade em arrumar emprego. Quando isso acontece, muitas vezes são obrigados a aceitarem um salário menor dos que exercem a mesma função.

Com concurso público é diferente. Não existe distinção de sexo, idade e, na maioria dos casos, também não se exige experiência. Todos estão em pé de igualdade. As vagas no emprego público vão depender do esforço individual do candidato.  Parece que as mulheres atentaram para esse detalhe. Nos últimos anos a participação feminina nos concursos públicos tem aumentado. Consequentemente, elas também têm se destacado nas listas de aprovados.

Só para citar um exemplo, no penúltimo concurso para o cargo de Juiz do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, foram aprovados 90 candidatos, dos quais 30 eram mulheres, o que representa 33% do total. Já no último concurso a diferença caiu um pouco. Dos 87 aprovados, 37 eram mulheres. Ou seja, o porcentual já está acima dos 40% em favor das mulheres. No caso do Ministério Público do Estado de São Paulo, as mulheres já representam aproximadamente metade dos aprovados segundo apurado nos dois últimos concursos. Mérito delas que podem comemorar dupla vitória: ser aprovada em concurso público e receber os mesmos (e merecidos) vencimentos de seus colegas homens, deixando de figurar na triste pesquisa do IBGE.

Paulo de Freitas é jornalista e funcionário público. Tem mais de 14 anos de experiência na área de concursos públicos. E-mail: paulokassaco@ig.com.br.

m.br.

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