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Reconhecimento de terreno: bancas organizadoras

O "guru dos concursos", William Douglas, fala sobre a composição das provas da Escola de Administração Fazendária (Esaf) e do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe/UnB)

William Douglas
Publicado em 17/06/2015, às 10h17

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Já falei sobre os tipos de prova e chegou o momento de aprofundar o conhecimento sobre as bancas examinadoras, apontando suas principais características. Para isso, selecionei duas das principais bancas do país, Escola de Administração Fazendária (Esaf) e Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe/UnB), que resumem bastante os estilos de prova adotados pelas demais organizadoras.
As provas da Esaf têm duas expressões que as definem: a “prova-maratona” e “o deserto antes do meu cargo”. E, para todos os concurseiros (sejam eles iniciantes ou experientes), posso afirmar que a dificuldade apenas trará mais sabor à sua conquista. Por isso, encare a prova com tranquilidade e confiança.
Diversificada e completa, a Esaf trabalha todas as etapas e tipos de concursos, formulando questões objetivas e discursivas. As provas dessa banca são conhecidas por serem extensas e detalhadas, sem, contudo, perderem a objetividade, exigindo uma leitura aprofundada. Não raro, o próprio enunciado contém a chave para a solução das questões. 
Falando especificamente sobre as questões...Objetivas: enunciados precisos e detalhistas com alternativas, usualmente de A a E, elaboradas e extensas – por vezes uma coluna inteira tem só uma questão. A característica mais marcante da Esaf é elaborar questões cuja indicação é a marcação da alternativa “incorreta”, “mais correta” ou “menos incorreta”, o que, em uma leitura menos atenta, pode passar despercebido.
Discursivas: com um enunciado tão preciso e objetivo, a Esaf passa ao candidato muito da responsabilidade pela própria nota. A indicação das questões é absolutamente marcada pelos pontos que são esperados em cada resposta, que devem ser escritas, em sua maioria, sob a forma de dissertação. Na área do direito, tem por costume chamar a atenção para conceitos fundamentais e jurisprudências, sempre inovando com questões que abordam temas atuais. Muitos concurseiros comentam sobre não ter tempo para fazer rascunhos e se preocupam em como proceder nesses casos. No “Como passar em provas e concursos” falo sobre este tema, mas a ideia fundamental é: nunca escreva direto!
Oral: última etapa nos concursos da magistratura e procuradoria, a prova oral da Esaf é uma arguição que tem como base os pontos dispostos no edital, conteúdos dentro das diversas áreas a serem desenvolvidos pelo candidato segundo escolha realizada pela banca (geralmente por sorteio) na hora da prova. Uma dica importante para a prova oral, que também serve para a discursiva, é não divagar ou se alongar muito nas respostas. A fundamentação é essencial, mas quanto mais informações apresentar, maior será o risco de falar algo errado ou que não esteja necessariamente ligado ao conteúdo, e perder pontos.
É chegado, enfim, o momento de falar de uma das mais temidas e respeitadas bancas que há hoje no mundo dos concursos, o Cespe/UnB. Reconhecida por sua excelência, foi muitas vezes responsável por concursos importantes para a estrutura funcional do país, como o da Polícia Federal (PF). Suas provas, exigentes e estruturadas, são alvo tanto de críticas quanto de elogios, mas todos são unânimes em declarar que a banca possui um dos mais claros, honestos e objetivos processos de seleção do país. 
Falando especificamente sobre as questões...Objetivas: o Cespe trabalha basicamente com dois tipos de prova objetiva, ou seja, cinco alternativas (de A a E) e o famigerado certo ou errado. As provas com cinco alternativas, mais raras, têm apenas uma alternativa correta – o candidato não se deparará com “a mais correta” ou “a menos incorreta”. As questões de certo ou errado possuem apenas duas alternativas. Normalmente trazem apenas um enunciado, comum a um grupo de questões às quais o candidato deve julgar. São provas cansativas, uma vez que apresentam muito texto, feitas para vencer o concurseiro pelo cansaço, mas, ao contrário do que se imagina, não são cheias de “pegadinhas” ou “casca de banana”; seus enunciados são claros e objetivos. O grande “pulo do gato” é a especificidade: muitas vezes o que está errado na questão é um detalhe, uma palavra que foi alterada, uma vírgula do texto da lei que foi suprimida alterando um pouco o sentido da frase. Para essas provas, portanto, além da compreensão do texto, vale exercitar alguma técnica de memorização.
Discursivas: as provas discursivas do Cespe são redações de 30 linhas sobre um ponto do edital que estará relacionado à atividade profissional e à atualidade. Uma importante dica, portanto, é ler todos os textos da prova. Como as provas são temáticas, os textos falam sobre os mesmos assuntos, o que pode reforçar ou embasar seus argumentos na hora de redigir a sua própria redação. São avaliados sua técnica de redação, seu vocabulário e correção gramatical e sua capacidade de concatenar ideias com coerência e coesão, portanto, mantenha a leitura em dia, pois isso contribui muito para que seu texto se torne cada vez mais “agradável” à leitura.
Conhecendo e dominando os estilos de bancas dos concursos que pretende prestar você está um passo na frente na fila da aprovação. 
William Douglas é juiz federal, professor universitário, palestrante e autor de mais de 40 obras, dentre elas Como Passar em Provas e Concursos e As 25 Leis Bíblicas do Sucesso. Site: www.williamdouglas.com.br. Acompanhe-o nas redes sociais (@site_wd, @site_wd2 e William Douglas ? Facebook).
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