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Concurso PF: entrevista com o 2º colocado para escrivão

Um novo concurso da PF (Polícia Federal) já foi solicitado ao Ministério da Economia. Se você está pensando em se candidatar, confira dicas de um aprovado na última seleção

Viatura da Polícia Federal (PF)
Viatura da Polícia Federal (PF) - Divulgação

Publieditorial
Publicado em 24/06/2019, às 09h41

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Confira a entrevista que o Estratégia Concursos realizou com Matheus Kavalco, aprovado em 2° lugar no concurso da Polícia Federal para o cargo de Escrivão:

Estratégia Concursos: Conte-nos um pouco sobre você, para que nossos leitores possam te conhecer melhor. Você é formado em que área? Qual sua idade? De onde você é?

Matheus Kavalco: Sou formado em direito pela Universidade Federal do Paraná, tenho 24 anos e sou de Curitiba-PR.

Estratégia: O que te levou a tomar a decisão de começar a estudar para concursos? Porque a área Policial?

Matheus: Entrei na faculdade de direito já com a mentalidade de prestar concursos ao final. A área da advocacia tem uma grande quantidade de profissionais no mercado e, apesar de eu gostar muito de advogar, a dificuldade de se estabelecer no mercado é muito grande.

Dificilmente eu, como advogado recém-formado, conseguiria estar em uma posição como estarei na Polícia Federal, já que na advocacia outros fatores acabam tendo um peso muito maior do que o conhecimento por si só.

Quanto a escolha da área Policial, eu sempre tive muita afinidade pelo direito penal, até depois de formado. Trabalho com casos criminais, então quando vi que o edital estava prestes a ser aberto, não pensei duas vezes.

Conversei com uma amiga que é Agente da PF (conversa simples mas que me abriu bastante a cabeça) e tive uma noção melhor de como realmente é o trabalho e me apaixonei.

Estratégia: Durante sua caminhada como concurseiro, você trabalhava e estudava (como conciliava trabalho e estudos?), ou se dedicava inteiramente aos estudos para concurso?

Matheus: Como meu foco era o concurso eu, praticamente, apenas estudava. Advogava em um caso ou outro por mês, ou seja, algumas horas por semana, mas nada que realmente atrapalhasse a minha rotina de estudos.

Estratégia: Quantos e em quais concursos já foi aprovado? Qual o último? Em qual cargo e em que colocação?

Matheus: O único concurso que pude me dedicar nos estudos e que fui aprovado foi esse da Polícia Federal, em que fiquei em 4º lugar na primeira fase e em 2º lugar pós TAF.

Estratégia: Qual foi sua sensação ao ver seu nome na lista dos aprovados/classificados na primeira fase do certame?

Matheus: Indescritível! São meses de dedicação e foco sem ter qualquer certeza de resultado. São muitas pessoas qualificadas, estudando há muito tempo. Então, ter a confirmação de que você realmente conseguiu, é espetacular!

Estratégia: Como era sua vida social durante a preparação para concursos? Você saía com amigos, família, etc? Ou adotou uma postura radical, abdicando do convívio social?

Matheus: Eu, definitivamente, não era radical em minha postura. Chega um momento nos estudos que você precisa descansar a cabeça, fugir da rotina e relaxar. Essa atitude me revigora.

Tinha minha rotina de estudos puxada durante a semana, mas sexta/sábado a noite saía para tomar uma cerveja. Claro que se a pessoa estuda em um horário diferente, exemplo: durante a semana a pessoa fica muito ocupada no trabalho e tem apenas os finais de semana para estudar, a postura tem que ser diferente.

Acredito que tendo uma autopercepção de que “estudei o suficiente essa semana, estou em dia no meu planejamento”, creio que não tenha problema nenhum em sair e talvez isso seja até indicado, junto com a prática de uma atividade física (já que pesa no psicológico ficar meses ou anos sentado na cadeira estudando).

Estratégia: Você é casado? Tem filhos? Namora? Mora com seus pais? Sua família entendeu e apoiou sua caminhada como concurseiro? Se sim, de que forma?

Matheus: Moro com meus pais, sou solteiro e sem filhos. Sim, meus pais entenderam que o melhor caminho para mim era o dos concursos e me apoiaram nesta jornada. Claro, sempre dando aquela pressãozinha também (rsrs).

Tive sorte que nesse concurso da Polícia Federal uma parte que surpreendeu todo mundo foram novos assuntos de informática, como: banco de dados e programação. Curiosamente, meu pai é professor dessas matérias aqui na PUC-PR, então tinha um tirador de dúvidas a um quarto de distância. Por certo, que a maneira como ele ensina na faculdade é diferente do que é cobrado pelas bancas, mas ainda sim foi bastante útil.

Estratégia: Você acha que vale a pena fazer outros concursos, com foco diferente daquele concurso que é realmente seu objetivo maior?

Matheus: Depende. Se as matérias forem similares, não vejo o porque não. Não temos qualquer garantia de que iremos passar naquele concurso almejado. Então, fazer um concurso com matérias similares significa, no mínimo, um ganho de experiência e as vezes você pode descobrir uma nova paixão.

Claro que se você está estudando para a Receita Federal, acredito que não vá valer a pena fazer um concurso de, por exemplo, cartório, porque nesse caso você vai dividir seu tempo e não acabar indo bem em nenhum dos dois.

Estratégia: Você estudou por quanto tempo direcionado ao concurso que foi aprovado?

Matheus: Para esse concurso da PF estudei em torno de 4 a 5 meses.

Estratégia: Que materiais você usou em sua preparação para o concurso? Aulas presenciais, telepresenciais, livros, cursos em PDF, videoaulas? Quais foram as principais vantagens e desvantagens de cada um?

Matheus: Foquei nos cursos em PDF e depois de ter formado uma base de conhecimentos, pratiquei muitas questões.

Exponho aqui minha opinião, bem pessoal, lembrando que o que funciona para mim pode não ser útil para outras pessoas.

Acredito que aulas presenciais e videoaulas, são boas para aquelas matérias que você não sabe nada, para o primeiro contato. Se nunca vi nada em contabilidade, zero noção de nada, neste caso não iria conseguir pegar o livro/PDF e entender alguma coisa, então preferível ver a videoaula. Depois de ter uma noção mínima da matéria, partir para livros e questões.

É indiscutível a otimização do tempo que se tem com livros/PDFs e questões. No tempo de uma videoaula do Estratégia de 6 horas, conseguia ler algo como 4 aulas em PDF (as quais, por si só, já trazem mais conteúdo e questões).

Enfim, acredito que depois de ter o conhecimento formado, o que mais vai te ajudar a dar aquela polida final é resolver questões. Com isso você aprende o jeito que a banca faz as perguntas. Isso é muito importante, porque como todos sabem, sempre tem aquela questão com várias interpretações (que para nossa infelicidade nunca é anulada), mas que pelo modo de operação da banca, você as vezes já sabe mais ou menos o que ela quer.

Além disso, você também percebe alguns entendimentos que são contrários ao que você aprendeu, mas que se repetem nas provas. Lembro inclusive de uma questão de arquivologia, que pelos livros era falado uma coisa mas resolvi umas 3 questões da CESPE em que a resposta era o contrário. Finalmente chega o dia da prova e lá está, a mesma questão, pela quarta vez. Sem encrencar marquei o que a banca queria e ganhei meu pontinho (rsrs).

Então, para quem vai estudar para as próximas provas da PF e quer ter uma noção para se comparar, nesses 4 meses fiz algo em torno de 10 mil questões e minha taxa de acerto total no final estava em torno de 85%.

Estratégia: Como conheceu o Estratégia Concursos?

Matheus: Na internet, enquanto procurava algo relacionado aos concursos/estudos, me deparei com uma das aulas do Estratégia no youtube. Vi algumas e gostei dos professores e da sistemática das aulas, pois nem se comparava com outros conteúdos que havia visto.

Estratégia: Uma das principais dificuldades de todo o concursando é a quantidade de assuntos que devem ser memorizados. Como você fez para estudar todo o conteúdo do concurso? Falando de modo mais específico: você estudava várias matérias ao mesmo tempo? Quantas? Costumava fazer resumos? Focava mais em exercícios, ou na leitura e releitura da teoria? Como montou seu plano de estudos? Quantas horas por dia costumava estudar?

Matheus: Estudava de uma a duas matérias por dia. Como cada matéria tem sua própria lógica. Achei que o que funcionou melhor para mim, foi focar em uma maneira de se pensar por dia, ao invés de misturar várias coisas.

Eu não tinha uma rotina fixa de estudos. Colocava o celular em outro cômodo da casa para não me atrapalhar e estudava em períodos, até chegar aquele momento em que se lê as coisas mas não se absorve nada. Esse momento chegava pra mim em torno de 3 a 4 horas estudadas, ou seja, estudava 4h e fazia um intervalo para descansar, ir almoçar, retornava a mais um período com este de estudos e finalizava indo à academia ou jantar. No final, acredito que estuava umas 10-12h por dia.

Estratégia: Você tinha mais dificuldades em alguma(s) disciplina(s)? Quais? Como você fez para superar estas dificuldades?

Matheus: Sim, vindo do direito não tinha noção nenhuma de estatística, contabilidade e informática. Não teve segredo, fui estudando e revisando várias vezes. Em estatística houveram aulas em que tive que ver várias vezes até começar a entender.

Estratégia: A reta final é sempre um período estressante. Como foi sua rotina de estudos na semana que antecedeu a prova? E véspera de prova: foi dia de descanso ou dia de estudo?

Matheus: Foi de estudo. Para mim o conteúdo da última semana é o que fica mais fresco na cabeça, então aproveitei esse tempo para dar uma revisada nas partes mais importantes e estudar coisas que eram mais decoreba e as difíceis de lembrar, como as fórmulas de estatística.

Estratégia: Como foi sua preparação para o TAF e para as demais etapas?

Matheus: Para o TAF eu estava bem tranquilo, pois já praticava atividade físicas regularmente e a natação, que normalmente é a maior dificuldade das pessoas, eu havia treinado por muitos anos. Minha única dificuldade era corrida. Foquei nisso e deu tudo certo no final.

Estratégia: Se você tivesse que apontar ERROS em sua preparação (se é que houve), quais seriam? Diga-nos também quais foram os maiores ACERTOS?

Matheus: Meus maiores erros foram focar pouco na prova discursiva e ter negligenciado uma parte da matéria de contabilidade (que foi justamente a que mais caiu).

Se posso deixar um conselho é não negligenciar uma matéria inteira, nem mesmo uma parte dela. Se é uma matéria difícil, o crucial é focar bastante nela e não desistir, pois com certeza você vai estar passando na frente de muitos concorrentes.

Estratégia: Por fim, o que você aconselharia a alguém que está iniciando seus estudos para concurso. Deixe-nos sua mensagem para todos aqueles que um dia almejam chegar aonde você chegou!

Matheus: Lute pelo que você quer! Se definiu esse como seu objetivo, faça tudo em seu poder para chegar lá que você irá conseguir!

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