
Projeto de lei prevê que novos concursos SP passem a contar com 30% de vagas reservadas para pessoas pretas, indígenas e quilombolas

Foi apresentado, nesta terça-feira, 11 de novembro, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), o projeto de lei 1232/25, da deputada Monica Seixas do Movimento Pretas (Psol), que prevê a reserva de 30% de vagas em concursos SP (Concursos em São Paulo) para pessoas pretas, indígenas e quilombolas. A proposta agora deve seguir para análise nas diversas comissões temáticas da casa, antes de ser votada, em definitivo, no plenário.
A proposta prevê a reserva de vagas não apenas para concursos de cargos efetivos, mas também processos seletivos para contratações em caráter temporário, tanto para a administração direta do estado, bem como para autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista.
A intenção é de que a reserva de vagas tenha validade pelo período de dez anos, contando da sanção da eventual lei, com possibilidade de revisão, após este período.
Veja, a seguir, a íntegra da proposta:
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Projeto de Lei
Institui a reserva mínima de 30% (trinta por cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos e processos seletivos simplificados para provimento de cargos efetivos, empregos públicos e contratações temporárias, no âmbito da administração direta e
indireta do Estado de São Paulo, destinadas a pessoas negras (pretas e pardas), indígenas e quilombolas e dá outras providências.
PROJETO DE LEI Nº ___, DE 2025
Institui a reserva mínima de 30% (trinta por cento) das vagas oferecidas nos concursos públicos e processos seletivos simplificados para provimento de cargos efetivos, empregos públicos e contratações temporárias, no âmbito da administração direta e indireta do Estado de São Paulo, destinadas a pessoas negras (pretas e pardas), indígenas e quilombolas e dá outras providências.
A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO DECRETA:
O presente Projeto de Lei tem como objetivo instituir a reserva mínima de 30% das vagas em concursos públicos e processos seletivos simplificados para pessoas negras (pretas e pardas), indígenas e quilombolas, no âmbito da administração direta e indireta do Estado de São Paulo.
A medida está em conformidade com o novo Marco Regulatório Federal das Políticas de Ação Afirmativa (Lei Federal de 2025), que elevou o percentual de cotas raciais de 20% para 30% e incluiu explicitamente povos indígenas e comunidades quilombolas como beneficiários das políticas afirmativas.
As ações afirmativas constituem instrumentos fundamentais de promoção da igualdade material e de combate ao racismo estrutural nas instituições públicas. No Estado de São Paulo, a sub-representação de pessoas negras, indígenas e quilombolas nos cargos públicos é uma realidade que exige resposta legislativa e política imediata.
Ao adotar o percentual de 30%, o Estado harmoniza sua legislação ao padrão federal e reafirma o compromisso com a diversidade, a equidade e a justiça social, reconhecendo que o acesso ao serviço público é um vetor de mobilidade social e reparação histórica.
A aprovação desta proposição simboliza um avanço civilizatório, um passo concreto na democratização do acesso ao Estado, e consolida São Paulo como referência nacional na promoção da igualdade racial, étnica e de gênero.
Sala das Sessões,
Deputada Monica Seixas
Monica Seixas do Movimento Pretas - PSOL
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