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Confira dicas para o concurso de oficial de promotoria

Professores de cursos preparatórios destacam prioridades e métodos de estudo para provas do MP, que acontecem no fim de julho

Redação
Publicado em 01/07/2011, às 16h28

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No fim do próximo mês, acontece a aplicação da prova objetiva do concurso do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP/SP), que tem como meta preencher 168 vagas para profissionais com todos os níveis de ensino, do fundamental ao superior. Um dos principais cargos é o de oficial de promotoria, voltado a candidatos com o ensino médio e que oferecerá o maior número de oportunidades, com 40 só na Grande São Paulo. Também há outras 60 vagas, distribuídas por cidades do interior e do litoral paulista.

Os oficiais de promotoria têm vencimentos iniciais de R$ 2.892,45 e, por conta deste valor e da grande oferta de postos de trabalho, espera-se que o número de inscrições até o dia 8 de julho - quando se encerra o prazo - seja bem significativo.

Enquanto isso, os candidatos que querem este cargo devem se manter no ritmo adequado, já que falta pouco mais de um mês para as provas objetivas. O JC&E consultou professores, especialistas nas disciplinas envolvidas, para trazer a melhor forma de se preparar para cada uma das questões exigidas na avaliação.

Atualidades - Para esta disciplina, que contará com 10 questões, o professor de atualidades do cursinho preparatório do Complexo Jurídico Damásio de Jesus, Rodrigo Ocampo Barbati, lembra que o candidato deve estar atento às notícias nacionais e internacionais que estiveram presentes nos noticiários brasileiros e do mundo nos últimos 12 meses anteriores à publicação do edital, ou seja, desde junho de 2010. É importante que ele faça isso “buscando materiais, como apostilas, revistas, internet, entre outros, que permitam a construção de uma ampla retrospectiva dos eventos de 2010 e 2011”, explica. Barbati ressalta a importância de ficar atento a temas políticos e econômicos do Brasil e do mundo, da mesma forma com os sociais como meio ambiente, educação, ciências e tecnologia, saúde, segurança, esportes e cultura. Temas mais densos, como as disciplinas de direito e matemática, podem ser alternados com os estudos de atualidades. “O tempo de estudo deve ser dividido entre fazer um fichamento dos assuntos e resolver questões de provas anteriores da disciplina, realizadas entre 2010 e 2011”, reforça o professor. Para uma melhor preparação para o dia da prova, Barbati recomenda ler atentamente o edital (acompanhando possíveis alterações, no site da organizadora), verificar o local da prova e o itinerário adequado com antecedência, uma alimentação equilibrada e buscar atividades de lazer, que permitam relaxar na véspera da prova.

Direito Penal - Para a disciplina de direito penal, o professor da rede de ensino LFG, Fabrício Bolzan, explica que o candidato deve priorizar a interpretação do que cada lei especifica. Ao todo, serão 15 questões sobre o tema. “Eles pedem muito texto de lei. É importante ler artigos a respeito das leis do conteúdo programático e sempre focar nelas. Evitar perder tempo com coisas que não vão cair na prova”, explica. Para evitar os famosos “brancos”, assim como confundir uma lei com outra, Bolzan recomenda que, na última semana antes da prova, o candidato foque apenas no texto da lei, literalmente, deixando um pouco de lado as anotações e os comentários dos autores. Mas para reforçar as informações, “sempre manter livro e caderno do lado, para anotações. A utilização de canetas marca-textos também é importante para destacar detalhes mais relevantes”, lembra. Conhecer o órgão é outro item que merece atenção, pois o profissional vai desempenhar suas funções, próximo aos promotores de Justiça. “O MP de São Paulo é muito atuante e está quase diariamente na imprensa. Os promotores são sempre requisitados e é muito bom que o candidato conheça este trabalho, antes mesmo de prestar a prova, pois pode ajudar na hora de responder sobre leis que estão no dia a dia do Ministério”. Bolzan recomenda que sejam dedicadas, pelo menos, quatro horas por dia no estudo do direito, divididos ao longo do dia. “Uma sugestão é estudar uma hora de manhã, duas à tarde e mais uma à noite. Mas isso depende muito de cada candidato”, reforça. No dia anterior à prova, porém, é bom deixar o tempo livre para relaxar. “Se quiser, estude no máximo de manhã. No resto dia, saia, vá ao cinema, leia um livro, qualquer coisa para amenizar o estresse com a prova. Vale lembrar que o estudo é cumulativo. Não adianta achar que estudando pesado no último dia vai garantir que ele passe no concurso”.

Matemática - A disciplina de matemática terá 15 questões, com maior ênfase no raciocínio lógico. A afirmação é do professor Bruno Vilar, da rede de ensino LFG, que lembra que a lógica poderá ser quantitativa ou proporcional. A banca realizadora costuma utilizar ambos os métodos e, desta forma, a “dica principal é a de que o candidato estude os dois”, afirma o professor. Além disso, também serão exigidas do concursando, noções de cálculo, números decimais, fracionais e questões envolvendo a utilização prática das frações. “O que o candidato pode fazer é consultar provas anteriores, aplicadas pela mesma banca realizadora”, reforça Vilar. É fundamental também não deixar de lado a geometria, o sistema métrico e a fórmula de áreas e volumes, conforme destaca o professor. “Uma dica especial é dar maior atenção a estes temas. Tudo está incluído no conteúdo implícito, e sempre cai nestas provas”. Para dar mais agilidade na solução das questões, de forma a aproveitar melhor o tempo da prova, Vilar recomenda que o concursando treine cálculos, de modo a deixar de lado o uso da calculadora, que não será permitido durante o concurso. “Operações do cotidiano de um oficial de promotoria, como as porcentagens, devem ser priorizadas. Na hora, não existirá calculadora e, se o candidato não souber efetuar os cálculos com rapidez, certamente perderá um tempo precioso”. Em casa, no horário de estudos, é recomendável destinar, pelo menos, uma hora por dia para a matemática. “O que a gente sempre recomenda é que sejam destinados 50 minutos para o estudo e outros 10 para o descanso”, complementa o professor Vilar.

Português - O professor de língua portuguesa, João Bolognesi, que ministra aulas no cursinho preparatório do Complexo Jurídico Damásio de Jesus, afirma que a preparação para o concurso de oficial de promotoria deve ter três bases consistentes: foco no conteúdo do edital; reconhecimento das fragilidades e das destrezas; e preparação contínua e ascendente. “Um dos maiores inimigos do candidato é a ansiedade”, afirma o docente, lembrando que o concursando deve ter uma visão global de cada um dos tópicos exigidos no edital. “A consulta a uma gramática é indispensável e não menospreze nenhum dos itens do edital”, diz Bolognesi. Outra dica que o professor dá é para que o candidato identifique suas maiores dificuldades, localizando temas que precisam ser aprofundados e onde já consegue se sair melhor. “Comece a resolver questões, se possível da mesma banca organizadora, e reveja a teoria tomando como base as suas fragilidades. Quando identificar o erro, resolva a questão novamente. Isso fortalece o conhecimento da teoria e cria uma dimensão mais exata de como a prova poderá se apresentar”. O estudo da língua portuguesa deve ser contínuo, segundo o professor. “As questões da prova funcionam como um filtro, para observar o que deve ser melhorado”. Bolognesi diz que estudar para um concurso público envolve uma pressão social sobre o candidato, que exige de si mesmo o melhor resultado. Por conta disso, ele acaba desperdiçando muita energia em coisas que não somarão nada aos estudos. “Pressão só é bem-vinda quando ajuda a impulsionar. Se, por causa da pressão, o candidato perder sua garra, a vontade de vencer por superação de si mesmo, é hora de rever seus objetivos”, destaca. O professor diz que o concursando não deve se deixar levar pela emoção negativa. “Aqueles que alcançaram o sucesso nas provas não superaram somente as questões, mas principalmente, superaram seus próprios limites antes”. Ao todo, a disciplina de língua portuguesa irá contar com 30 questões no concurso do Ministério Público de São Paulo.

George Corrêa

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