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Entrevista com Paulo Skaf - PSB/SP

Estreante na disputa pelo cargo avalia a situação das áreas de educação, saúde e segurança, expõe suas propostas e fala sobre a abertura de novos concursos.

Redação
Publicado em 13/08/2010, às 15h24

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Nascido na capital paulista, Paulo Skaf exerceu entre 2004 e 2010 a presidência da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-SP).

Jornal dos Concursos: Qual a sua principal plataforma de governo?

Paulo Skaf:
A candidatura traz um propósito central de melhorar as condições de vida dos cidadãos buscando com firmeza, criatividade e objetividade a resolução de velhos problemas que permanecem na pauta de reivindicações do povo paulista. Entre essas demandas históricas estão educação de qualidade, saúde eficiente com pronto atendimento para os que mais necessitam e segurança para a população. As ações propostas no Plano de Governo têm foco no respeito ao profissionalismo público e aumento do investimento, visando aumentar o número de empregos.

O Estado de São Paulo sofre muito em virtude da falta de gestão administrativa, em diversas áreas. Exemplo: há um expressivo número de cidadãos aprovados em concurso no aguardo da convocação para efetivamente ingressar no serviço público. Está na hora dessa fila andar.

JC&E: A atual gestão abriu diversos processos seletivos temporários, especialmente na área da educação. Qual a sua posição sobre isso?

Skaf: Educação é feita por educador, tem que ter plano de carreira e profissão fixa. É inviável manter motivado um professor temporário, quando ele sabe que não poderá manter seu emprego no ano seguinte, em virtude de um artifício do Estado para evitar que se tornem funcionários públicos. Isso transforma o trabalho do professor num “bico”, o que não é aceitável por uma administração que deseja educação de qualidade.

A educação é uma das prioridades entre as propostas e vamos implantar no Estado o que fizemos no Sesi e Senai, entidades que presidi e das quais estou licenciado. Trabalhamos para ampliar o acesso à educação para jovens em todo o Estado, com mais de 1,2 milhões de matrículas no ano passado e cerca de 1,5 milhão agora em 2010. Além disso, implementamos o ensino em tempo integral para alunos do Sesi e articulamos o ensino médio na instituição com os cursos técnicos do Senai. A educação é um dos serviços de maior importância do Estado e por isso o Governo deve dar as condições necessárias para o desempenho do magistério, além de remuneração compatível com sua relevância. Haverá revisão e aprimoramento do plano de carreira e salários dos professores. Também serão promovidos concursos para a contratação de professores em caráter definitivo.

JC&E: Ainda na esfera da educação, o atual governo instaurou o Programa + Qualidade, que visa medir a capacitação dos docentes e qualificá-los em curso de formação. Qual é a sua opinião sobre o programa? Que plano o seu governo tem para melhorar a rede pública de ensino?

Skaf: No papel, o Programa + Qualidade é uma iniciativa positiva, que tentou resolver, na reta final do governo, o que deixaram de fazer ao longo de mais de 20 anos de gestão do mesmo grupo político.

Contudo, não saiu do papel. Se eleito, pretendo colocá-lo em prática.

Vamos levar para a rede estadual de ensino as estratégias que adotamos no Sesi e Senai, em que os alunos passaram a contar com ensino em tempo integral (Sesi) e articulação do ensino médio com cursos técnicos do Senai. O aluno que estuda de manhã precisa ter à disposição uma vaga em curso técnico no contra turno.

A capacitação dos professores é fundamental e vamos também dar prioridade a esse tema.

JC&E: E em relação à área da segurança, quais serão as suas prioridades? Haverá aumento no efetivo policial?

Skaf: O principal problema da segurança pública é falta de gestão. E é ele que pretendemos resolver no início do mandato.

A ideia é, em primeiro lugar, incrementar a inteligência das polícias, fortalecer as corregedorias e aumentar o nível de profissionalização. É por isso que pretendo transferir o gabinete do secretário de segurança pública para o Palácio dos Bandeirantes. Quero ficar perto dele e acompanhar diariamente seu trabalho.

Há tecnologia disponível e subutilizada, por exemplo, nas teleaudiências judiciais. O controle das fronteiras do Estado, para coibir a entrada de drogas e de armas, também precisa ser reforçado. Também vamos aumentar as transferências de recursos do Estado para municípios que tenham grande número de unidades prisionais.

Evidentemente que, passada esta fase inicial, na qual valorizaremos o efetivo tanto em treinamento quanto em termos salariais, promoveremos concurso conforme a necessidade identificada na solução do gargalo de gestão. Mas seria irresponsabilidade prometer abrir vagas sem antes resolver os problemas estruturais na área de segurança pública.

JC&E: De acordo com estudo realizado pelo Ministério da Educação, o mercado para estudantes egressos de cursos técnicos está aquecido - 72% dos alunos de nível médio que estudaram em escolas técnicas federais entre 2003 e 2007 estão empregados, por exemplo. Embora o índice de empregabilidade seja alto, faltam técnicos no mercado. Quais planos sua gestão reserva para alavancar o número de profissionais com essa formação?

Skaf: Assim como fizemos no Senai, vamos oferecer aos alunos do ensino médio a possibilidade de acesso a cursos profissionalizantes. Os sistemas Sesi e Senai são reconhecidos pela qualidade do ensino oferecido e ao expandirmos os seus conceitos à rede de educação vamos permitir ao estudante do Estado maior possibilidade de inserção no mercado de trabalho. Nos cursos técnicos do Senai a empregabilidade é de 83% e nos cursos de aprendizagem industrial esse índice é de 63%.

JC&E:  Quanto à saúde pública, o senhor tem planos específicos para aumentar o número de profissionais e, consequentemente, melhorar o atendimento à população?

Skaf: Nosso compromisso é acabar com as filas para o atendimento na saúde. Assim como na área da segurança pública, há um enorme problema de gestão. Existem instalações sobrecarregadas e outras relativamente ociosas. Primeiro resolveremos este problema.

Superada esta fase, é provável que notemos uma demanda maior de mão-de-obra, que, quando pertinente, será suprida pela abertura de concursos públicos.

Mas não é apenas isso. Iremos adotar um plano de carreira para profissionais da área de saúde.

JC&E: Considerações finais.

Skaf: Apresentamos com a candidatura um conjunto de novas ideias para o eleitor de SP, para dar respostas objetivas aos velhos problemas do Estado. Nas últimas eleições os mesmos partidos e as mesmas pessoas sempre estiveram presentes e oferecemos uma alternativa real para o Estado de São Paulo. O funcionalismo público será tratado com respeito e receberá capacitação, seja na saúde, educação e segurança, as áreas prioritárias do Governo Skaf, seja nas demais secretarias e órgãos do governo.

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