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Entrevista com Marina Silva, candidata pelo PV

Ao JC&E, Marina defende o uso inteligente do pré-sal e articula algumas de suas principais propostas de governo; como a austeridade com as contas públicas .

Redação
Publicado em 10/09/2010, às 15h22

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Marina Silva tem 52 anos e é graduada em história. Em quase 30 anos de carreira política já foi eleita vereadora, deputada estadual e senadora, tendo sido reeleita para este ultimo cargo, pelo Estado do Acre. Foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula.

JC&E -Qual a sua principal plataforma de governo?

Marina Silva - Nossa plataforma de governo propõe um Brasil com educação de qualidade e atendimento às necessidades de saúde de cada cidadão. Queremos um nível mais elevado de vida, com distribuição equitativa de renda e oportunidades de trabalho e de crescimento pessoal e coletivo, com cidades saudáveis e seguras.

Queremos o uso inteligente da natureza, indústrias limpas e eficientes, agricultura sustentável e investimento em conhecimento e tecnologia.

Propomos um setor público livre de vícios e desvios que sugam a poupança de toda a sociedade. Queremos o fortalecimento da diversidade e respeito aos direitos das minorias.

JC&E- A atual gestão foi marcada pela criação de inúmeros cargos públicos e abertura de concursos. Qual é a sua opinião sobre o assunto? Pretende continuar com essa linha?


MS
- Precisamos ter austeridade no trato das contas públicas. Mas, por outro lado, precisamos continuar investindo no servidor público qualificado. O que deve diminuir é o número de cargos comissionados, de funcionários nomeados por indicação política. Esses quadros devem ser reduzidos ao número mínimo necessário para que a administração disponha de gestores e analistas treinados e capacitados para planejar, implementar e monitorar políticas públicas, com menor ingerência político-partidária na gestão pública. Precisamos de um Estado transparente, competente e profissionalizado.


JC&E
- O atual governo também procurou trocar funcionários terceirizados por concursados. Qual é a sua posição sobre a terceirização de cargos públicos?


MS
- O Estado deve contar com uma estrutura permanente e profissionalizada. Na minha gestão no Ministério do Meio Ambiente foi assim. Realizamos concurso público nos órgãos de administração direta e indireta. Criamos o Serviço Florestal Brasileiro e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. No Ministério praticamente não havia servidores estatutários. De um total de 1.000 funcionários, menos de 100 eram concursados. A contratação de terceirizados só se justifica para os serviços complementares que não interferem diretamente na elaboração e implementação das políticas públicas.


JC&E
- O Brasil irá sediar as próximas Copa e Olimpíadas. Quais são seus planos de investimento nesses dois grandes eventos? Quais serão os reflexos disso na geração de empregos?


MS
- Os grandes eventos exigem um plano de ação focado, que se articule com o planejamento de longo prazo da infraestrutura do país.

Vamos estabelecer uma agência executiva extraordinária com poderes para garantir o cumprimento do cronograma de investimentos necessários para o país receber de forma saudável, confortável e segura os eventos.


JC&E
- E quanto ao pré-sal? De que forma a senhora planeja investir no setor? E qual é a previsão de criação de postos de trabalho?


MS
- O petróleo é um recurso não renovável e a principal fonte de emissão de gases de efeito estufa, causadores do aquecimento do clima. No entanto, o mundo ainda não pode prescindir dessa fonte de geração de energia, pois a tecnologia disponível não permite sua substituição completa. Mas grandes esforços estão sendo feitos por países como Inglaterra, Estados Unidos e até mesmo China. A geração de energia eólica é a que mais cresce no mundo e os investimentos em pesquisa e tecnologia estão voltados para a energia solar, hidrogênio, etanol de segunda geração e outras fontes que aparecem como carro chefe de uma nova etapa de desenvolvimento das economias globais.


Portanto, o Brasil precisa explorar o pré-sal, mas com os olhos voltados a essa nova realidade. A proposta é garantir que o dinheiro do pré-sal seja utilizado para o desenvolvimento do país a longo prazo, gerando emprego e renda em sua exploração, mas alavancando outros setores da economia.


JC&E
- Quanto à saúde pública, tem planos específicos para aumentar o número de profissionais e, consequentemente, melhorar o atendimento à população?


MS
- O programa de governo propõe a universalização e melhoria dos serviços de atenção básica. Ou seja, teremos a atenção básica como eixo estruturante da organização e articulação de ações e recurso.

Vamos fortalecer e aprimorar o Programa da Saúde na Família, visando estimular seu potencial humanizador do cuidado no atendimento, assim como promover a formação de profissionais de saúde nesse sentido, com prioridade para médicos generalistas, enfermeiros, assistentes sociais e agentes comunitários.

JC&E - Considerações finais


MS
- Precisamos de uma gestão pública qualificada. A eficiência de gestão é imprescindível. Uma gestão com transparência e participação social faz toda diferença, não apenas evitando a corrupção, mas permitindo a alocação dos recursos públicos de forma mais eficiente, mais voltada para os seus reais objetivos: o interesse da população.

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Eleições 2010
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Taxa de inscrição: Não definido
Cargos: Não definido
Áreas de Atuação: Não definido
Escolaridade: Não definido
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