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Entrevista com o candidato Rui Costa Pimenta – PCO

Candidato à Presidência da República fala sobre suas propostas de governo e aborda os principais pontos de vista do Partido da Causa Operária.

Redação
Publicado em 27/08/2010, às 14h55

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Formado em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Profissionalmente, atua como professor de inglês, tradutor, jornalista principal na área de assessoria sindical na Central Única dos Trabalhadores e Sindicatos.

Jornal dos Concursos – Qual a sua principal plataforma de governo?

Rui Costa Pimenta – O PCO não faz promessas eleitorais, comuns neste período para fazer demagogia frente ao eleitorado. Nosso programa não é um chamado à população a lutar e se organizar pelo atendimento de suas principais reivindicações, que procuramos sintetizar na palavra de ordem: “Salário, Trabalho e Terra”. Ou seja, a defesa dos salários, contra o rebaixamento salarial, por um salário mínimo vital que atenda às necessidades da população trabalhadora (alimentação, transporte, lazer, saúde, moradia etc.), e que neste momento não poderia ser inferior a R$ 2.500; “Trabalho” quer dizer a redução da jornada para 35h, de modo a criar, de uma só vez, milhões de novos empregos; e “Terra” significa a defesa dos Sem-Terra contra os latifundiários, punição aos assassinos dos Sem-Terra, confisco do latifúndio sem indenização e a distribuição das terras nacionalizadas para todos que nelas queiram e precisem trabalhar.

JC&E – A atual gestão foi marcada pela criação de inúmeros cargos públicos e abertura de concursos. Qual é a sua opinião sobre o assunto? Pretende continuar com essa linha?

RCP – É difícil analisar esta questão, pois não há dúvida de que o clientelismo e o nepotismo dominam a máquina pública.

JC&E – O atual governo também procurou trocar funcionários terceirizados por concursados. Qual é a sua posição sobre a terceirização de cargos públicos?

RCP – Somos contra a terceirização dos cargos públicos e favor da substituição dos terceirizados por trabalhadores concursados, mas não temos notícia de que este seja um processo generalizado. Veja-se, por exemplo, o que aconteceu na Petrobras, onde a terceirização progride a cada ano na mesma medida em que se dá a entrega do petróleo brasileiro às empresas estrangeiras. Outro exemplo marcante é o dos Correios, onde a terceirização aumentou substancialmente numa tentativa da direção da empresa e do governo de preparar a privatização da empresa.

JC&E – O Brasil irá sediar as próximas Copa e Olimpíadas. Quais são seus planos de investimento nesses dois grandes eventos? Quais serão os reflexos disso na geração de empregos?

RCP – Como já disse, nosso partido não apresenta um plano para administrar a máquina pública. Achamos que este investimento poderia ser feito, mas seria necessário que houvesse um controle popular sobre estas verbas e que este processo estivesse voltado a beneficiar a população trabalhadora, gerar empregos e etc., e não alguns grupos capitalistas como ocorre hoje.

JC&E – E quanto ao pré-sal? De que forma o senhor planeja investir no setor? E qual é a previsão de criação de postos de trabalho?

RCP – É necessário que toda a riqueza do pré-sal seja colocada a serviço da população brasileira e não entregue para meia-dúzia de exploradores do povo. A estrutura petrolífera brasileira deve ser também controlada pelos trabalhadores e organizações operárias. Somente desta forma será utilizada não apenas para melhorar as condições de vida da classe operária brasileira, mas será um instrumento para a luta de classes contra a burguesia e o imperialismo. É preciso ficar claro que entregar o petróleo para os tubarões internacionais é dar munição para o imperialismo atacar ainda mais as condições de vida dos trabalhadores e da população brasileira. Com esta riqueza nas mãos da classe operária, o país tem condições melhores de enfrentar a opressão imperialista em todas as áreas. Além disso, áreas como saúde, educação, moradia, saneamento básico, transportes etc., poderiam receber investimento necessário para atender amplamente a população e desenvolver o país, colocando o Brasil entre as principais nações do mundo.

JC&E – Quanto à saúde pública, o senhor tem planos específicos para aumentar o número de profissionais – e, consequentemente, melhorar o atendimento à população?

RCP – Nossa principal proposta a este respeito é a estatização total dos sistemas de saúde, o que acarretaria necessariamente em um aumento significativo do investimento em infraestrutura e, evidentemente, na contratação de profissionais para atender à demanda popular.

JC&E – Considerações finais.

RCP – Defendemos um maior nivelamento salarial, fim dos altos cargos públicos, eleições para todos os cargos que puderem ser eleitos. O PCO entende que o Estado não deve manter uma burocracia privilegiada. Todos os servidores públicos deveriam receber um salário que acompanhasse o da população em geral.

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