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JC&E entrevista o candidato Carlos Giannazi (PSOL)

Para o candidato, os servidores públicos são tratados com muito desrespeito pela administração municipal

Redação
Publicado em 10/09/2012, às 14h27

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Nascido em 15 de dezembro de 1961, Carlos Giannazi é doutor em história econômica e diretor de escola pública em São Paulo. Foi vereador na cidade de São Paulo por duas legislaturas. Em 2006, o candidato do PSOL foi eleito para a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e reeleito em 2010 para o cargo. Giannazi é membro titular da Comissão de Educação da ALESP e disputará o cargo para a prefeitura pela primeira vez.

Jornal dos Concursos & Empregos: Qual a sua principal plataforma de governo?

Carlos Giannazi: Minha principal plataforma de governo é o investimento em educação pública, gratuita e de qualidade. Valorizar a educação e, sobretudo o professor, é construir e semear uma cidade diferente da que vivemos hoje. A educação pública foi destruída pelas últimas gestões. Professores não têm salários dignos, as escolas não têm a mínima estrutura. Não é possível aceitar essa realidade, que afeta sobre tudo os mais pobres da cidade.

JC&E: Em pesquisa recente, a saúde pública municipal foi apontada como o principal problema da cidade de São Paulo. O senhor tem planos específicos para aumentar o número de profissionais e, consequentemente, melhorar o atendimento à população? E quanto aos funcionários temporários, o senhor pretende manter esse tipo de contratação?

CG: Os profissionais da saúde são mal remunerados e não possuem um plano de cargos e salários dignos. Há tempos o sistema público está sendo privatizado por meio das Organizações Sociais (OS's). Esses elementos combinados resultam numa saúde de péssima qualidade, em especial para a população mais pobre. Precisamos investir mais na saúde, valorizando os profissionais, acabando com os contratos temporários. É possível retomar um SUS público, gratuito e de qualidade. Verbas existem, o PSOL propõe, por exemplo, a extinção do Tribunal de Contas do Município (TCM), um elefante branco que consome R$ 260 milhões por ano. Em uma prefeitura do PSOL os gastos sociais serão a prioridade.

JC&E: A atual gestão acaba de abrir um novo concurso para professor da rede municipal de ensino, cujos aprovados devem ser contratados já sob a nova administração. No seu governo, como pretende abordar a valorização da carreira do magistério e evitar a falta/evasão de professores nas escolas públicas?

CG: A educação é outro grava problema da cidade. Fui expulso do PT duas vezes, a primeira delas por votar contra uma decisão da Marta que reduziu verbas para educação de 31% para 25%. As gestões de Serra a Kassab mantiveram a medida. Isso é desrespeito com a população. O PSOL defende a volta dos 31% de investimentos na educação. Esse recurso será aplicado na valorização dos professores com aumento de salário e o estabelecimento de um plano de carreira para os professores. Com isso, os professores não terão que dar aula em várias escolas para completar seu salário e poderão se dedicar mais as aulas e aos seus alunos. Além disso, o PSOL também defende a redução dos alunos por sala de aula e a duplicação dos investimentos em creche.

JC&E: O que os servidores municipais podem esperar da sua gestão? Como o senhor vê a política de valorização no serviço público municipal?

CG: Os servidores municipais são tratados com muito desrespeito pela administração municipal. Isso fica claro no baixo aumento de salário. Além disso, o número de cargos comissionados é muito alto. O governo o PSOL pretende acabar com grande parte dos cargos de confiança investindo nos funcionários concursados e na valorização desses profissionais.

JC&E: A Guarda Civil Municipal não realiza concurso público desde 2004 e está com o efetivo bastante defasado – por lei a GCM pode ter até 15 mil servidores e conta atualmente com cerca de 6.500. Um novo concurso é aguardado desde o final de 2009, mas o órgão alega não ter verba para realizar a seleção. Quais e como deverão ser os investimentos na área de segurança urbana durante o seu mandato?

CG: A política de segurança pública da gestão Kassab prima pela repressão dos movimentos sociais e das camadas mais pobres da cidade, como fica claro na desastrada atuação na Cracolândia. Em primeiro lugar, portanto, é preciso mudar a mentalidade da GCM orientando sua atuação para a defesa da vida em primeiro lugar e não dos patrimônios privados. É preciso, portanto, investir na formação dos guardas civis. Por outro lado, os guardas precisam receber salários mais dignos para que não sejam obrigados a buscar bicos como segurança privados. Prática que precariza o serviço dos guardas civis.

JC&E: Como o senhor encara a falta de qualificação profissional em São Paulo e quais ações e projetos pretende colocar em prática para capacitar os trabalhadores?

CG: Nesse ponto voltamos novamente à importância da educação para o desenvolvimento social e para a melhoria da condição de vida da população. Investimento em educação, desde creches até o ensino superior é melhor meio de capacitar os trabalhadores para o mercado de trabalho.

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