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Estabilidade e chance de ascensão na carreira

Principais atrativos: plano de carreira, jornada de trabalho de seis horas e participação nos lucros.

Redação
Publicado em 30/04/2009, às 15h25

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Antigamente a realização de qualquer pai era ver seu filho trabalhando no Banco do Brasil. O emprego dos sonhos de qualquer trabalhador, não só pelo bom salário oferecido e a estabilidade de um órgão público, mas também pelo status que a instituição representava. Mas e hoje, ainda é assim?

A área bancária é constituída basicamente pela carreira administrativa, que inclui os cargos de Escriturário, Técnico Bancário e Auxiliar Administrativo, em que o servidor ao longo do tempo poderá concorrer a cargos comissionados como os de Gerência; e pela carreira técnico-científica, composta por Advogados, Arquitetos, Engenheiros e Médicos, nas quais é possível obter promoções automáticas por tempo de serviço efetivo.

Funcionária do Banco do Brasil desde 1987, Regina* conta que sempre se sentiu atraída pela área financeira e que a influência do pai, também bancário, contribuiu em sua escolha: “Fiz dois concursos para Escriturário. No primeiro não passei, sempre foi muito concorrido. Na época o salário era muito bom, tanto que passei a receber quatro vezes mais do que recebia no emprego anterior”, lembra.

Para se ter uma idéia da concorrência acirrada, somente no último concurso aberto em maio deste ano pela Caixa Econômica Federal para formação de cadastro reserva de Técnico Bancário, foram 767 mil inscritos em todo o país.

Os mais visados

As vagas de Técnico Bancário, aliás, são das mais disputadas, justamente pelo nível de escolaridade exigido. O profissional que atua nessa função exerce basicamente atividades administrativas voltadas ao atendimento de clientes e ao público em geral, de forma a contribuir para a realização de negócios, possibilitando o alcance de metas e a satisfação dos clientes internos e externos. A remuneração inicial fica em torno de R$ 1.200, podendo ultrapassar os R$ 1.800 se considerados o auxílio-refeição e o auxílio-cesta alimentação.

Outra função de nível médio bastante procurada é a de Escriturário. Ele é responsável pelo atendimento ao público, contato com clientes, redação de correspondências em geral, conferência de relatórios e documentos, controles estatísticos, atualização e manutenção de dados. O salário inicial é em média de R$ 900, acrescido de 25% de gratificação mensal.

Mas esse pode ser apenas o começo. “Apesar de almejar cargos mais altos como gerente, a única forma de ingressar no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, que são os mais concorridos, é através desses cargos. Com o tempo o funcionário pode prestar concursos internos para outras funções”, explica o coordenador geral do curso preparatório Siga, Carlos Alberto De Lucca.

Boas perspectivas na carreira

A possibilidade de ascensão profissional dentro da área bancária é um grande atrativo para a maioria dos candidatos. Ao contrário de outros órgãos, em que o servidor sabe que vai exercer o mesmo cargo pelo resto da vida, em instituições financeiras públicas o servidor que ingressa na carreira como Técnico Bancário, por exemplo, função que exige apenas o nível médio, pode chegar ao posto de Gerente ao passar dos anos.

Esse é o objetivo de Ivanilde de Souza, 35 anos, moradora de Araçatuba, no interior paulista. Ela possui nível superior completo em Administração de Empresas, mas irá prestar concurso para Técnico Bancário do Banco do Brasil, cujo edital é aguardado ansiosamente para 2009. “Pretendo iniciar nessa função, pois poderei fazer concurso interno pra Diretoria, por ter grau superior”, revela.

Ivanilde já é funcionária pública no município onde mora, mas para alcançar sua realização profissional quer atuar na área em que se formou: “Sempre gostei da área financeira, optei por Administração em Finanças no último ano da faculdade. Acho que o que mais chama atenção é a estabilidade do cargo público e também o fato de ter oportunidade de crescimento na empresa”, ressalta.

Na jornada rumo à aprovação, a candidata já prestou dois concursos para o Banco do Brasil, mas apesar de ter se saído relativamente bem, não conseguiu classificação. Já na seleção que participou da Caixa Econômica Federal para o pólo de Londrina (PR), conseguiu se classificar em 500º lugar, mas não sabe se será convocada. “Agora preciso melhorar meu desempenho, para conseguir uma boa classificação”, avalia.

Vantagens

De acordo com o professor De Lucca, o que atrai candidatos para a área é principalmente, a jornada de trabalho de seis horas diárias e o plano de carreira: “Estes concursos atraem diversos públicos, em especial os universitários. A carreira bancária é uma grande oportunidade, sobretudo para os jovens que concluíram o ensino médio ou estudam em curso superior. A instituição pode custear até 50% da faculdade particular do funcionário”.

Para Regina, que hoje é Gerente de Relacionamento de uma agência do Banco do Brasil, o que mais chama atenção são os benefícios. “É um mercado em que se aprende muito e também vale a pena pelos benefícios recebidos, como auxílio alimentação-refeição e cesta alimentação, auxílio-creche, vale-transporte, salário família, assistência médica, participação nos lucros, plano de previdência complementar, bolsas de graduação, pós-graduação e de idiomas”, contabiliza.

A candidata Ivanilde concorda: “Essa área oferece bom retorno financeiro advindo da participação nos lucros da empresa”. Isso acontece porque os bancos públicos, como Nossa Caixa, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNB, BNDES, entre outros, são empresas de economia mista, ou seja, não são órgãos da administração direta. Seus respectivos governos, federal ou estadual, são acionistas e, portanto, visam o lucro.

Para se sair bem

As matérias pedidas nos últimos concursos foram Português, Matemática, Matemática Financeira, Raciocínio Lógico, Conhecimentos Bancários, Atendimento e Atualidades. “As provas são muito parecidas com as dos outros concursos, devendo o candidato ficar muito atento com o conteúdo programático. A sugestão é começar os estudos o quanto antes e resolver as provas anteriores”, orienta De Lucca.

*O nome foi trocado a pedido da entrevistada para preservar sua identidade.


Maysa Correa/SP

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