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Guia de estudos JC&E para o concurso de 443 vagas

O concurso da capital paulista busca educadores para as carreiras de professor, educador físico e coordenador pedagógico.

Redação
Publicado em 20/05/2011, às 15h35

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Falta pouco mais de um mês para as provas do concurso que irá selecionar 443 profissionais para as carreiras de professor, com vagas em diversas disciplinas, educador físico e coordenador pedagógico para a rede municipal de ensino de São Paulo. Milhares de candidatos devem participar do exame, que será organizado pela Fundação Carlos Chagas. O JC&E consultou especialistas da Aprofem (Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo) e do Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação do Ensino Municipal de São Paulo) para elaborar um guia de estudos.  Quem ainda não se inscreveu também poderá aproveitar as dicas, uma vez que, em março último, a Câmara de Vereadores autorizou e o prefeito Gilberto Kassab (PSD) sancionou o projeto de lei que previa a criação de mais 8 mil vagas de docente na rede.  As novas oportunidades serão oferecidas em 54 escolas que serão construídas, de acordo com o plano de expansão da Secretaria Municipal de Educação.

É essencial que o concurseiro comece os estudos conhecendo o adversário, ou seja, a banca organizadora. José Donizete dos Santos, professor dos cursos preparatórios do Sinpeem, observa que geralmente as provas realizadas pela Fundação Carlos Chagas para a carreira de docente costumam “ter textos mais longos e a prova de conhecimentos gerais é eliminatória. Na prova dissertativa o candidato deve ter nota superior a 50, numa escala de 100”. A nota de corte segundo ele é variável em cada seleção: “A classificação do candidato depende do seu número de acertos, da média de acertos do grupo e de um desvio padrão, ou seja, se o grupo que está concorrendo ao mesmo cargo for um grupo que acerta muitas questões, em média, será exigido um número maior de acertos para estar classificado”.

Já o professor Valdo Gonçalves, diretor da Aprofem e coordenador geral da Fábrica de Idéias Pedagógicas, defende que são as questões dissertativas que permitem ao concursando abrir diferença sobre a concorrência: “Essa é a parte da prova que garante a classificação. Quanto melhor a nota nessa parte da prova, melhor será o desempenho do candidato”.

O presidente da Aprofem, professor Ismael Nery Palhares Junior, recomendou que os candidatos concentrassem sua atenção na leitura da Constituição Federal, “em especial na parte relativa à educação, onde se estabelece a educação como um direito subjetivo do cidadão e os percentuais de recursos a serem destinados. Não é raro que haja pelo menos uma questão sobre esse tema”, observou. O docente também deverá ter em mente o Estatuto da Criança e do Adolescente (lei federal 8.069/90) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (lei federal 9.394/96).

“Quem quiser passar deve dedicar tempo e estudo aos projetos da rede municipal de ensino. São nove para professores e 16 para coordenadores. As razões: a secretaria de educação tem investido muito material e formação a esses projetos. Assim sendo, acredito que eles serão bastante cobrados nesse concurso, a exemplo do ocorrido em 2009”, lembrou o professor Valdo.

Também serão exigidos conhecimentos da legislação local, a Lei Orgânica do Município de São Paulo, que dita as macrodiretrizes da cidade e está em constante aperfeiçoamento – a íntegra dessa lei pode ser obtida no site da Câmara Municipal de Vereadores (www.camara.sp.gov.br), no link “Lei Orgânica”.   Os decretos municipais número 45.415/04, que estabelece as diretrizes para a política de atendimento às crianças, adolescentes e jovens adultos com necessidades especiais na rede municipal de ensino, e o 51.778, que institui a política de atendimento de educação especial na capital por meio do Programa Inclui, no âmbito da rede municipal. O ensino fundamental de nove anos também é previsto no programa, por meio da Deliberação CME nº 03/06, que dispõe sobre o Ensino Fundamental de nove anos no Sistema Municipal de Ensino de São Paulo e da Indicação CME nº 07/06. E por fim, há a legislação própria do magistério, a lei municipal 14.660/2007.

“Procure vincular a legislação com vários autores pedagógicos e com ‘a vida real’. Nós educadores temos dificuldade em visualizar a legislação em nosso dia-a-dia. Sugiro perceber como a Constituição Federal, ECA e a LDB estão estritamente vinculados entre si. Ter essa percepção será bastante útil para responder as questões propostas”, sugeriu Valdo.

Embora autores como Paulo Freire, Philipe Perrenoud, Jussara Hoffmann e Charles Hadji sejam figurinhas carimbadas nos concursos de professor da Carlos Chagas, para José Donizete, do Sinpeem, “é necessário uma formação ampla, diversificada e que inclua autores com temáticas e pensamentos variados e diferenciados. A bibliografia assim o exige, entretanto Paulo Freire é fundamental para a educação popular e transformadora da sociedade. Quanto a Perrenoud, apesar de críticas de alguns educadores, lança luz à questão de habilidades outras que vão além da leitura, da escrita e do cálculo, inclusive no que se refere ao mundo do trabalho. É importante conhecê-lo. Priorizá-los, porém, não é garantia de sucesso”

Depois de tanta leitura, como testar o conhecimento adquirido? Para Ismael, é fundamental que o candidato realize provas anteriores e busque o apoio de cursos preparatórios: “A gente sempre insiste, não para desanimar, mas para instigar. Esses concursos são muito disputados. Não adianta ser aprovado, tem que ser aprovado e classificado. Preparar-se no limite para obter uma boa classificação, dentro das vagas iniciais e de outras que surgirem para ter chances de ser chamado”, avalia o sindicalista.  Outra opção é a realização de grupos de estudo, sugerida por Valdo: “Divida a bibliografia entre os componentes do grupo, procure elencar ideias-chave de cada um dos autores. Divida seu conhecimento com outras pessoas. E na véspera, não estude. Relaxe, vá ao cinema, divirta-se!”.

Aline Viana/SP

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