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Nova ortografia – acentuação gráfica

“A implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.”

Sandra Ceraldi
Publicado em 03/07/2015, às 11h19

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O decreto nº 6.583/08, de instalação do Acordo Ortográfico, foi alterado pelo decreto nº 7.875/12, que passou a vigorar com a seguinte redação: “A implementação do Acordo obedecerá ao período de transição de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2015, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.”Quanto à acentuação gráfica, as novas regras estabelecem as alterações explicadas a seguir!As palavras proparoxítonas (antepenúltimas sílabas tônicas) continuam acentuadas graficamente: sinal agu¬do na vogal aberta e circunflexo na vogal fechada (árabe e cânfora). Também recebem acento as proparoxítonas eventuais, isto é, as terminadas em ditongo crescente (glória e série). Deve-se observar, ainda, dada à diferença de pronúncia entre o português falado no Brasil e o falado em Portugal, as proparoxítonas que no Brasil recebem acento circunflexo por terem a vogal tônica fechada; em Portugal recebem acento agudo por terem a vogal tônica aberta. Observe: cômodo/cómodo; fenômeno/ fenómeno (ambas as grafias e pronúncias aceitas após o acordo).As palavras paroxítonas (penúltimas sílabas tônicas) são acentuadas quando terminadas em: “l, i(s), u(s), um, uns, n, r, x, ã(s), ão(s), ons, ps e ditongo seguido ou não de ‘s’”. Exemplos: fácil, biquíni(s), vírus, álbum, álbuns, hífen, revólver, tórax, órfã(s), órfão(s), íon(s), fórceps e régua(s). Quanto à pronúncia também poderemos falar de forma fechada ou aberta: pônei/pónei, bônus/bónus, entre outros.As palavras oxítonas (últimas sílabas tônicas) são acentuadas quando terminadas em: “a(s), e(s), o(s), em e ens”: alvará(s), jacaré(s), avô(s) armazém, armazéns. Não acentuamos as terminadas em “i(s) e u(s)”. Exemplos: ali e bambu(s). Os monossílabos terminados em “a(s), e(s), o(s)” são acentuados graficamente, com exceção também dos terminados em “i(s) e u(s)”. Exemplos: pá(s), lê(s), pó(s), quis e tu.Houve nova redação para os ditongos abertos. No caso de “ei”, “eu”, “oi” seguidos ou não de “s”, quando oxítonos ou monossilábicos, recebem acento agudo em sua base. Exemplos: anéis, carretéis, pastéis, céu(s), chapéu(s), herói(s), anzóis. Já os ditongos abertos paroxítonos não acentuaremos mais (assembleia, boleia, ideia, jiboia).O hiato “oo(s)” e “eem” das palavras paroxítonas deixa de receber acento circunflexo. Exemplos: abençoo, enjoo, magoo, voo, deem, desdeem, creem, descreem, leem, releem, veem (ver), preveem (prever). Os hiatos em “i” e “u” tônicos são acentuados quando vierem seguidos de “s” ou sozinhos na sílaba. Exemplos:  baú, balaústre, saída, saíste. Não se acentuam o “i” e o “u” desses hiatos quando precedidos de letra diferente de “s” e “nh” na sílaba posterior. Exemplos: sairmos, Raul, ainda, campainha.      Atenção à nova redação aos hiatos quando formados em vogais “i(s)” e “u(s)” tônicas precedidas de ditongo – não serão mais acentuados, a menos que venham em posição final seguidos ou não de “s”. Exemplos: baiuca, boiuno, Bocaiuva; entretanto: Piauí, tuiuiú e tuiuiús continuam acentuados.Não se acentua a vogal “u” tônica dos encontros “gue, gui, que, qui”. Exemplos: Apazigue, arguem, argui, averigue.O trema deixa de existir (aguentar, frequente, linguiça, tranquilo), no entanto, permanecerá em palavras estrangeiras (Günter e Gisele Bündchen).     O acento diferencial não será mais usado para distinguir palavras homônimas nos seguintes casos: "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição); "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo); “pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga); "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e “pelo" (combinação da preposição com o artigo); "pêra" (substantivo – fruta), "péra" (substantivo arcaico – pedra) e "pera" (preposição arcaica); “côa” (verbo) de “coa” (combinação arcaica).Alguns vocábulos não foram modificados e permanecem com acento diferencial: pôde (pretérito perfeito) para distinguir de pode (presente do indicativo); pôr (verbo) para distinguir de por (preposição); têm (3ª p. p. presente) para distinguir de tem (3ª p. s. presente); vêm (3ª p. p. presente) para distinguir de vem (3ª p. s. presente); mantêm (3ª p. p. presente) para distinguir de mantém (3ª p. s. presente); intervêm (3ª p. p. presente) para distinguir de intervém (3ª p. s. presente). Será facultativo o acento diferencial em dêmos (1ª pessoa do plural do presente do subjuntivo) para distinguir de demos (1ª pessoa do plural do pretérito perfeito), bem como de fôrma (substantivo) para distinguir de forma (substantivo e verbo). Observação: o Novo Acordo simplificou ainda mais a lei nº 5.765, de 18 de dezembro de 1971, que havia abolido a maioria dos acentos diferenciais. Observe que, na prática, teremos apenas quatro acentos diferenciais obrigatórios (pôde, pôr, têm e vêm) e dois facultativos (fôrma e dêmos). Bons estudos!
Professora Sandra Ceraldi Carrasco é consultora, especialista em língua portuguesa e autora de livros e periódicos na área. Há mais de 20 anos ministra cursos e palestras com índice recorde de aprovação. Seu mais recente trabalho aborda de forma prática o Acordo Ortográfico. Atualmente é coordenadora de cursos e professora de redação oficial da Academia de Polícia de São Paulo. Contato: professora.sandracarrasco@uol.com.br.
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