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Pouca idade, muita vontade

Na vida de Carlos Henrique Von Muhlen de Sales, de 26 anos, a formação superior e a dedicação ao sonho da carreira pública sempre andaram juntas.

Redação
Publicado em 06/05/2011, às 15h57

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Na vida de Carlos Henrique Von Muhlen de Sales, de 26 anos, a formação superior e a dedicação ao sonho da carreira pública sempre andaram juntas.

Esta história começou com a vontade de ser médico. Mas você aí do outro lado da página deve estar se perguntando: o que isso tem a ver com concursos públicos? Tudo!

Como não tinha dinheiro para fazer o curso superior em instituições particulares, Carlos Henrique teve de se dedicar aos estudos como se fosse prestar, por exemplo, o concurso dos Correios para a função de carteiro. A relação candidato/vaga era praticamente a mesma, na época, em torno de 50 por cadeira.

“Eu me preparei muito para este vestibular, mas, por causa do meu ensino médio falido, não consegui ingressar na carreira. Porém, percebi que todo o estudo que havia feito, ainda que não tivesse o objetivo do concurso, foi fundamental para a aprovação em diversos empregos públicos”, diz.

A lista de colocações obtidas, dentro do número de vagas oferecidas, é bem extensa. Apesar da pouca idade, fazem parte do currículo do concursando o 1º lugar de técnico administrativo na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária); o 4º como agente de estação do Metrô de São Paulo; o 7º como agente de administrativo do Ministério da Saúde, o 12º como escriturário da Prefeitura de Diadema; o 16º exercendo a função de técnico administrativo na ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil); o 18º como controlador de voo da  Infraero; o 53º no cargo de técnico previdenciário da São Paulo Previdência e, por fim, o 186º de assistente técnico administrativo do Ministério da Fazenda.

“São todos cargos de nível médio completo, uma vez que decidi fazer o contrário do que pensava no começo: teria um salário digno, e depois faria o ensino superior, só que sem o estresse de não ter grana para nada”, explica.

Assim, a trilha de Carlos como candidato de processos seletivos públicos parece ter sido sempre de vitórias. Mas este não é o retrato da realidade. Embora tenha passado em oito das 17 seleções que lembra ter prestado (aproveitamento de 47%), ele já pegou a rota errada nos estudos e se deu mal.

“Quando fiz o concurso da CVM [Comissão de Valores Mobiliários] para agente executivo, decidi estudar muitas matérias em que eu não tinha conhecimento. Fui muito bem, de modo geral, porém acabei sendo eliminado na parte específica da prova. Havia um mínimo de 60%, que equivalia a acertar 102 pontos. Fui eliminado porque só tinha feito 101 pontos. Foi um choque tremendo para mim. Senti-me muito abatido e quase desisti de concursos. O salário era de R$ 4,2 mil, mais que o dobro do que eu ganhava na época. Fiquei chateado, até porque percebi que quanto maior era a remuneração, mais difícil ficava para se sair bem”, conta.

Neste e em outros momentos da vida ele sempre contou com o apoio da família, que seguiu uma dinâmica de elemento sustentador de um sonho. “Se eu falava que poderia fazer tal coisa, ninguém dizia o contrário. Tinha o apoio incondicional, o que facilitou muito quando decidi prestar concursos. Minha querida esposa foi muito paciente comigo”, lembra.

E com todo esse suporte, a lição foi aprendida e um novo cronograma de preparação foi traçado. Para alcançar os postos desejados, Carlos Henrique passou a estudar quatro horas todos os dias, com intervalos, acabando por decidir, de vez, a área em que queria trabalhar. “Estudava muito a teoria e, depois de alguns concursos atirando para todos os lados, decidi me especializar na área administrativa, pois ficaria mais fácil focar as matérias. Acho que é a técnica mais adequada para a aprovação de médio prazo”.

Atualmente, o agora servidor público federal atua como técnico administrativo na ANAC, mas não deixa de lado o sonho de ter a formação superior no currículo, desejo que o levou para a carreira pública. “Faço minha graduação em ciências econômicas com a meta central de ingressar como economista no Banco Central do Brasil, mas não descarto funções na administração pública com salários equivalentes. São posições concorridíssimas, mas como conheço pessoas nestes cargos, sei que é possível alcança-los também”. Alguém duvida que ele irá conseguir?

Por Pâmela Lee Hamer

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